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Maceió/Al, 26 de junho de 2025

Colunistas

Arnóbio Cavalcanti Arnóbio Cavalcanti
Doutor em Economia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, HHESS, França. Professor da Universidade Federal de Alagoas com linhas de pesquisa em Finanças Públicas, Economia do Setor Público, Macroeconometria e Desenvolvimento Regional.
25/06/2025 às 13:14

A economia e as necessidades humanas: uma visão geral para não economistas

Definição de economia

É comum definir economia como “a ciência que estuda a maneira de como podemos empregar os recursos raros para satisfazer as necessidades do ser humano”. Nesse contexto, a economia do mercado parte do princípio de que os indivíduos estão sempre procurando obter cada vez mais os bens escassos e, quando conseguem adquirir, nunca estão satisfeitos. Por fim, a teoria econômica considera que as necessidades do ser humano são ilimitadas.

Assim, o problema “central” da economia está baseado no fato de que o ser humano tem necessidade ilimitada, mas os bens econômicos são limitados.

Necessidades dos indivíduos

Em geral, o homo economicus possui dois tipos de necessidades: primárias e secundárias. As necessidades ligadas à natureza fisiológica do ser humano – alimentar, vestir, morar, entre outras – são consideradas primárias, enquanto as secundárias estão relacionadas à maneira de se viver em sociedade, como, por exemplo, se divertir ou viajar.

Bens econômicos

A teoria econômica considera que existem dois tipos de bens: livres e econômicos.

Os bens livres são aqueles que estão disponíveis na natureza de forma gratuita, sempre em abundância, não precisando da intervenção humana para produzir: luz do sol, vento, por exemplo. O estudo dos bens livres não é objeto da economia. Os bens econômicos são raros e produzidos graças à intervenção do trabalho humano e são negociados nos mercados.

Os bens econômicos são divididos geralmente em sete categorias:

- Bens materiais (produtos tangíveis, como telefone e computador) e bens imateriais (não possuem forma física, por exemplo, viagem, capacitação);

- Bens de consumo (satisfazem as necessidades humanas, tipo pão e roupa), bens de capital (ferramenta para a produção de bens de consumo, como máquinas e trator) e bens intermediários (produtos usados na produção de outros bens, como matérias-primas e eletricidade);

- Bens duráveis (uso prolongado ao longo do tempo, como carro, casa) e bens não duráveis (destruído na primeira utilização, tipo maçã e pão).

A arbitragem econômica

A economia considera a existência de três agentes agindo na economia: pessoas, empresas e o Estado. Cada agente dispõe de recursos para atuar no mercado visando a aquisição dos bens. As pessoas possuem renda, as empresas dispõem de receitas e o Estado tem orçamento.

Esses agentes tomam suas decisões sempre de forma racional. As pessoas fazem suas escolhas entre consumir ou poupar, sempre maximizando suas satisfações. Em outra, as empresas definem seu nível de produção para maximizar seus lucros. Já o Estado estabelece suas escolhas visando o bem-estar da sociedade na totalidade.

Os métodos econômicos

Existem dois métodos para tratar os problemas econômicos: a microeconomia e a macroeconomia.

A microeconomia estuda o comportamento individual dos agentes econômicos: consumidores e produtores. As pessoas agem na economia de mercado como consumidores e as empresas como produtores de bens. As pessoas gastam suas rendas maximizando as suas satisfações, enquanto as empresas produzem seus bens maximizando os lucros. Se não houver intervenção na negociação desses dois agentes, chega-se ao bem-estar social.

A macroeconomia considera o comportamento e desempenho da economia coletiva, levando em conta os agregados como o PIB, inflação, desemprego, poupança, balança comercial e as políticas monetárias e fiscais. Ao identificar e integrar esses agregados econômicos,  num único modelo, obtém-se o bem-estar social.

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