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Maceió/Al, 02 de abril de 2025

Colunistas

Arnóbio Cavalcanti Arnóbio Cavalcanti
Doutor em Economia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, HHESS, França. Professor da Universidade Federal de Alagoas com linhas de pesquisa em Finanças Públicas, Economia do Setor Público, Macroeconometria e Desenvolvimento Regional.
17/03/2025 às 10:17

Os fundamentos econômicos: uma introdução

Conceituação

A ciência econômica surgiu devido à preocupação de encontrar a melhor maneira do homem, vivendo em sociedade, se satisfazer com os bens raros. Assim, o mercado de carros é um assunto de interesse da economia, enquanto que o ar que respiramos, disponível para todos nós, não é tratado no campo da economia. Ela parte do princípio de que estamos sempre desejando algo, mas nossos recursos são limitados.

As necessidades econômicas podem ser individuais, como se alimentar, e também coletivas, como a iluminação pública. Com o avanço tecnológico, as necessidades mudam. Se no passado tínhamos necessidade de ter um telefone fixo em casa, hoje necessitamos de telefonia móvel com internet. Além disso, uma necessidade pode gerar outra, como no caso de comprar um carro, o que nos leva a necessitar de combustível.

A economia parte da ideia de que o homem, enquanto agente econômico, faz suas escolhas de forma racional. Uma pessoa escolhe um bem em detrimento de outro porque tem preferências diferentes.

Os bens econômicos

Conforme tratamos inicialmente, os bens livres na natureza, disponíveis gratuitamente e de maneira ilimitada, não é assunto de interesse da economia.  Todavia todos os produtos provenientes do trabalho do homem e negociado nos mercados são considerados bens econômicos.

Existem diversas classificações para os bens econômicos. Quanto à sua consistência, eles podem ser bens materiais, como um livro, e bens imateriais, como uma viagem. Quanto à sua conservação, eles podem ser duráveis, como um apartamento, e não-duráveis, como um pão. Por fim, quanto à sua finalidade, os bens econômicos podem ser classificados como bens de consumo, bens intermediários e bens de produção.

As escolas econômicas

Para explicar o funcionamento da economia, os economistas estão agrupados em três principais correntes. A Escola Neoclássica defende que o bem-estar social é assegurado através de decisões individuais e do livre mercado. Em contraste, a Escola Keynesiana argumenta que somente a intervenção estatal é capaz de resolver os problemas econômicos. Por fim, a Corrente Marxista sustenta que o sistema capitalista está condenado a viver em permanente crise e instabilidade.

Os métodos da economia

A análise da atividade econômica está baseada em dois fundamentos: microeconômico e macroeconômico.

A microeconomia baseia sua análise no comportamento econômico dos indivíduos, considerando apenas dois tipos de agentes econômicos: os consumidores, que demandam bens e serviços, e os produtores, que os fornecem. Para a microeconomia, o consumidor age sempre visando maximizar sua satisfação ou utilidade dos bens, limitado pelo nível de sua renda, enquanto que o produtor busca otimizar sua produção. Quando os dois – consumidor e produtor - se encontram no mercado, chega-se a situação de equilíbrio, que nada mais é do que o bem-estar social. O consumo nacional nada mais é do que a soma dos consumos individuais.

A macroeconomia estuda os comportamentos coletivos da economia, como a atividade de um setor econômico, de uma região ou de um país, por exemplo. Ela parte dos fenômenos globais e analisa a evolução e a tendência desses agregados econômicos. Os agregados são grandezas que medem a atividade do conjunto da economia, como o Produto Interno Bruto (PIB), a taxa de desemprego, os investimentos industriais, a poupança pública, o consumo das famílias, entre outros. Diferentemente da microeconomia, que se concentra em aspectos individuais, a macroeconomia analisa a economia como um todo, buscando entender os padrões e tendências globais.

Escolas econômicas x métodos

Todas as três escolas econômicas – Neoclássica, Keynesiana e Marxista - utilizam a Macroeconomia para provar a existência de seus postulados. Todavia, a única escola que emprega os fundamentos Microeconômicos em seus trabalhos é a Escola Neoclássica.

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