Os mercantilistas, corrente que dominou pensamento econômico do século XVI ao XVIII, foram os primeiros a definir conceitos para explicar a riqueza das nações e a recomendar, ou implementar, medidas para promover seu dinamismo econômico.
Para eles, os países devem obedecer a três princípios:
O desenvolvimento dessa corrente econômica produziu três variantes mercantilistas: ibérica, inglesa e francesa.
O mercantilismo das divisas (moeda ou ouro)
O mercantilismo ibérico, representado pelos economistas Luiz Ortiz, Jerônimo Uztariz e Bernardo de Ulloa, refere-se a um pensamento mercantilismo, que se desenvolveu na Espanha, Itália e Portugal no século XVI. Ele considerava que o poder de um país era dimensionado pelo tamanho do seu estoque de metais preciosos.
Segundo eles, a política monetária de um país consistia em aumentar a quantidade de divisas (moeda ou ouro) acumuladas e proibir sua exportação. Para impedir a exportação de metais preciosos, as importações de mercadorias estrangeiras eram limitadas por medidas protecionistas.
O mercantilismo comercial
O mercantilismo comercial, cujos principais teóricos foram os ingleses Thomas Man e William Petty, entendiam que a origem da riqueza estava na troca entre os países.
O enriquecimento de um Estado deve, portanto, ser feito através do comércio exterior. Os países centrais, portanto, devem incentivar suas exportações e importações com suas coloniais. O objetivo é proteger e aumentar as suas reservas. Para conseguir isso, as metrópoles deveriam estabelecer postos e trocas comerciais com suas colônias, promovendo, assim, um comércio privilegiado em favor da metrópole.
O mercantilismo industrial
O mercantilismo industrial é uma forma específica do mercantilismo, desenvolvida na França, cujos principais Jean Bodin, Antoine de Montchrestien, Richard Cantillion e, sobretudo, Jean-Batiste Colbert. Eles acreditavam que a riqueza de um país era obtida mediante práticas que visem o desenvolvimento do manufatureiro, o protecionismo e a produção do comércio exterior, com a venda de bens de luxo.
Eles acreditavam que um país como a França, desprovido de materiais preciosos e de colônias, para atingir um desenvolvimento sustentável, deve proteger sua indústria e exportar bens de luxo.
Reflexão
Será que hoje, num contexto de colapso do multilateralismo entre as nações e da rivalidade sino-americana, o mercantilismo voltou à moda?
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