Desde a segunda metade do século passado, quando do
aparecimento das teorias econômicas de desenvolvimento, as formas de medir e
comparar o desenvolvimento regional têm apresentado modificações.
Entre os anos 1950 até os anos 1980, os organismos internacionais utilizavam a renda per capita como indicador para medir o desenvolvimento de país ou de uma unidade subnacional. Uma região era considerada mais rica que outra, desde que apresentasse uma renda per capita maior que a outra.
A partir dos anos 1980 até hoje, a ONU e as demais agências de desenvolvimento passaram a utilizar o índice de desenvolvimento humano (IDH) como instrumento de mensurar o estágio de desenvolvimento nas diversas regiões do planeta. Trata-se de mix de indicadores de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros, com o intuito de avaliar o bem-estar da população de um país, estado ou município. Portanto, quanto maior o IDH de um país, maior é considerado seu desenvolvimento.
Em função da importância que o consumo de ENERGIA vem assumindo na última década, o indicador tonelada equivalente de petróleo (TEP), por ano, está cada vez mais presente nas discursões sobre as estratégias quando a temática é a questão do desenvolvimento econômico de um país. Atualmente, um país ultrapassar a barreira de consumo de 1 TEP/capita, parece ser essencial para se garantir um estágio mínimo de desenvolvimento de um país. Na proporção em que o consumo de energia per capita de um lugar aumenta para valores acima de 2 TEP, as condições sociais melhoram e, essa região, passa a ser considerada, em desenvolvimento. Para se ter uma ideia, atualmente o consumo médio per capita nos países industrializados ultrapassa de 3 TEP/capita por ano. Todavia, o consumo médio mundial está abaixo de 2 TEP/capita.
No tocante ao uso de fonte de energia, os países que têm adotado uma matriz energética baseada em fontes não renovável, não têm garantido um processo desenvolvimento sustentável, devido principalmente a emissão de carbono. Com isso, a descarbonização da economia se torna fundamental não somente para combater as mudanças climáticas que hoje assola todas as regiões do mundo, como também para se garantir a sustentabilidade do modelo de desenvolvimento a ser adotado na região.
Desenvolvimento econômico sustentável, atualmente, está associado a transição para produção e consumo de fontes de energia limpas e renováveis, como energia solar, eólica, hidrelétrica e biomassa.
Nessa perspectiva de desenvolvimento, o Brasil tem uma perspectiva bastante privilegiada. Enquanto que, a matriz energética do mundo é composta de apenas 15% de energia renovável, a matriz brasileira está próxima de 50%.
A situação de Alagoas é ainda mais promissora, haja vista que mais de 80% da matriz energética alagoana é composta de energia renovável, com ampla possibilidade de aumentar ainda mais o uso dessa fonte. Para se ter uma ideia dessa perspectiva, apenas para a geração centralizada de energia solar, há previsão de instalação de duas usinas fotovoltaicas, em Delmiro Gouveia, que juntas terão somados 700 MW de potência instalada, investimento de R$ 3,5 bilhões, que pode proporcionar a abertura de cerca de 21 mil postos de trabalho. Além disso, ainda sem ter projetos iniciados, estudos indicam que o estado de Alagoas tem um potencial para implantação de parques eólicos de cerca de 8.000 MW, com velocidade média dos ventos em 6,2 m/s, notadamente nas regiões do Piaçabuçu (Pontal do Peba), serras de Mata Grande/Água Branca e Maragogi.
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