Conhecida como MD ou “Michael Douglas”, também como a “Droga do Amor”(, a MDMA está “bombando” mais do que nunca nas baladas mundo a fora, e também nas raves e noitadas brasileiras. Embalando as festas dos jovens abastados ou mesmo simples “alegres finais de semana” a bordo de barcos e festinhas privées, a N – Metil – 3, 4 – metilenodioximetanfetamina, nome científico da droga, ou Molly para os mais chegados, tem encontrado cada vez mais espaço no cotidiano das grandes cidades.
O Molly, abreviação de “molécula” também é confundida com o Ecstasy, mas, não é a mesma coisa. Ambas drogas sintéticas proporcionam aos seus usuários a sensação de euforia (similar as anfetaminas) e os efeitos psicodélicos (dos alucinógenos).
O apelido de Droga do Amor, não é porque a pessoa ao ingerir o MD, se transforma num super-amante, mas devido ao efeito de empatogenia, que é uma sensação de proximidade emocional com os outros (e com o próprio), juntamente com a destruição das barreiras de comunicação pessoais. Por esta razão o MDMA também é ser conhecido como a “Droga do Abraço”, posto que o aumento da proximidade emocional torna o contato pessoal bastante compensador para o usuário.
APRESENTAÇÃO
No Molly, o MDMA é apresentado em um pó cristalino, as vezes, contido em cápsulas. Para alguns estudiosos é uma forma concentrada de Ecstasy. Resta porém, aos usuários a difícil, tarefa de identificar se a droga está "pura" verdadeiramente. Como todas as drogas sintéticas, pode ser diluídas com outras substâncias psicogênicas, ou seja, “batizadas” (misturadas).
O “ Michael Douglas”, geralmente é vendido nos EUA por cerca de US $ 30 a US $ 40 por cápsula de 100 miligramas, e tem a reputação de ser seguro e de “boa procedência”. Ledo engano. A droga pode ser adulterada com outros produtos químicos como sais de banho, e um relativamente novo pó sintético que frequentemente contém produtos químicos de tipo anfetamínico, chamado Mefedrona (substância usada em sais de banho e fertilizantes de plantas).
Até o LSD, o mais forte alucinógeno fabricado, originalmente produzido na Alemanha, depois em toda a Europa, já está sendo misturado, inclusive por ” laboratórios” clandestinos no Brasil.
Em terras tupiniquins, 1(um) grama de MD custa em média 200 reais e rende até 7(sete) doses, geralmente misturadas em garrafinhas d’agua, embora haja que fume (semelhante ao Crack), injetem ou aspirem. O MD também é facílimo de ser transportado por ser incolor, inodoro e insípido.
A “ viagem” do Molly pode durar de 3 a 5 horas, variando de acordo com o organismo. Além dos sinais de alheamento, euforia, sede intensa, hipertermia (temperatura pode chegar a 100 g)
Resumo histórico
O MDMA foi inicialmente sintetizado em 1912 e patenteado na Alemanha pelo Laboratório Merck em 1914. Nessa altura não estava sujeito a pesquisas para o uso humano. A Merck “tropicou” no MDMA ao tentar sintetizar Hydrastinin, um medicamento vasoconstritor e adstringente.
Nos anos 50 foi estudado pelo governo dos Estados Unidos, numa pesquisa sobre o uso de MDA, MDMA e outras substâncias como “soro da verdade”. Estas provaram ser impróprias para este fim. Os primeiros usos recreativos da droga foram observados nos anos 60.
No início dos anos 80, a droga começou a ser usada sem supervisão médica. A sua notoriedade crescente levou à sua proibição nos Estados Unidos em 1985 (e nos anos seguintes na maioria dos países) e a sua popularidade tem continuado a aumentar desde então.
EFEITOS
Os efeitos do “Michael Douglas” são imensos e incompatíveis com responsabilidades como trabalho e estudo. De fato, o abuso é mais associado ao contexto de festas e a ressaca pode durar até dois dias, o que debilita mais do que outras substâncias, como a maconha ou a cocaína.
O MDMA produz muita serotonina. A pessoa tem um desgaste serotonínico muito grande. No dia seguinte, o organismo não produz a mesma quantidade, então ela fica mais depressiva.
Se um usuário que já tem algum histórico de transtorno de ansiedade ou depressão, o uso do MDMA pode elevar e agravar os níveis dessas doenças.
Sobre esse quadro psicótico, a droga pode deixar a pessoa um pouco mais vulnerável se ela já tiver algum histórico familiar de psicose. Pode, por exemplo, precipitar algum episódio psicótico, principalmente se fizer o uso com outras substâncias.
Os riscos de saúde física mais graves a curto prazo da MDMA são hipertermia e desidratação. Casos de hiponatremia fatal (excessivamente baixa concentração de sódio no sangue) desenvolveram-se em usuários de MDMA tentando prevenir a desidratação consumindo quantidades excessivas de água sem reabastecer eletrólitos.
Entre os efeitos adversos imediatos do uso de MDMA podemos incluir:
Desidratação; hipertermia; bruxismo (ranger dos dentes); insônia; sudorese (aumento da transpiração); taquicardia; hipertensão; perda de apetite; náuseas e vômitos; diarreia; disfunção erétil ( situação que se contradiz com o apelido de Droga do Amor); alucinações visuais e auditivas.
MDMA NAS ONDAS DO RÁDIO E DOS GRANDES SHOWS
Uma das molas propulsoras do abuso do MD ou Molly, foram e são, as músicas pop e o hip-hop dos EUA nos últimos anos desde Madonna em sua turnê MDNA em 2012, passando por Miley Cyrus - a saudável Hannah Montana -, que solta um “dancing with Molly” com todas as letras em We Can´t Stop. Wycleaf Jean em seu hit “Hip-Hop” lança um “things done changed but they stay the same. I see molly is the new cocaine” (as coisas mudaram, mas permanecem na mesma, vejo que Molly é a nova cocaína). Já numa onda mais eletrônica, o DJ francês de HouseMusic, Cedric Gervais agita pistas mundo a fora a procura de Molly.
Por derradeiro, apesar da glamorização desta forma de “Michael Douglas”, a substância é uma droga, e como tal pode ser letal. Afinal, como é sabido cada indivíduo reage de maneira diferente, o que é seguro para um pode ser mortal para o outro.
*Portanto, continue curtindo os filmes do Michael Douglas e, esqueça os genéricos, principalmente se eles forem drogas como o MDMA.
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