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Jorge Luiz Bezerra Jorge Luiz Bezerra
É professor universitário, advogado, Mestre em Direito pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), delegado de Polícia Federal aposentado, especialista em Política Criminal, Segurança Pública e Privada, além de autor de diversos livros e artigos jurídicos.
18/09/2017 às 12:51

Cresce assustadoramente o tráfico de Ecstasy

 Ecstasy é uma das drogas mais perigosas da atualidade Ecstasy é uma das drogas mais perigosas da atualidade

Uma passageira, de 24 anos, natural de Manaus, foi presa em flagrante, no dia 07/09/2017, no Aeroporto de Fortaleza, após voo procedente de Portugal, com 46 mil comprimidos de Ecstasy e conduzida à sede da Polícia Federal. A mulher que funcionava como “mula” (pessoa que transporta drogas para terceiros) responderá pelo crime de tráfico internacional de drogas. A Polícia Federal foi acionada pela Receita Federal após suspeita de droga na bagagem da passageira, que desembarcava de um voo vindo de Portugal. Segundo a PF, ao verificar a mala, a droga foi localizada escondida em um fundo falso, prensada a vácuo.

“145 unidades de LSD e ecstasy apreendidas em Caucaia (24/08/2017) Eventos são monitorados devido aos recorrentes casos de tráfico e consumo de drogas. Ao todo, foram 110 unidades de LSD e 35 de Ecstasy. Quase 150 comprimidos dos entorpecentes foram apreendidos no último fim de semana em festa rave, em Caucaia (bairro de Fortaleza). Policiais civis disfarçados realizaram a operação. Desde maio de 2017, cerca de 2,5 mil unidades dessas substâncias foram apreendidas pela Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD-SSP/CE). 

Segundo a delegada Patrícia Bezerra da Polícia Civil cearense que acompanha esses eventos devido aos recorrentes casos de comércio ilegal de drogas. “Embora os organizadores não comercializem diretamente, percebemos que há omissão na entrada e no livre comércio dos entorpecentes nessas festas”. Com efeito, quem deixa os filhos irem para festas de “arromba” com estas (raves) correm sérios riscos que eles usem de forma voluntária ou não essas drogas nocivas e aparentemente inofensivas. Cerca de 1.830 comprimidos de Ecstasy que abasteceriam uma festa são apreendidos. Em maio de 2017, 600 comprimidos, 10 quilos de maconha e cocaína enviados a uma rave foram interceptados. Em julho, nova apreensão. Os 1.830 comprimidos de Ecstasy seriam para evento, na Praia do Futuro. Em março de 2017, dois jovens morreram de overdose numa dessas festas, em Caucaia”. (http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/policia/dois-presos-por-trafico-internacional-1.1804765). 

As notícias acima, além de revelarem a eficiência da Polícia Federal e Civil cearense, quanto a apreensão de Ecstasy e LSD (Dietilamida de Ácido Lisérgico), também demonstram alguns sinais preocupantes: 

1) Aumentou o tráfico das citadas drogas sintéticas que são algumas das preferidas pelos usuários nas raves;

2) É sabido que a quantidade de droga apreendida ou flagrada nos aeroportos brasileiros não são nem 30% dos tóxicos que por alí transitam clandestinamente; 

3) Por óbvio, sabemos que todos os comprimidos de LSD e Ecstasy que entram no Brasil por via aérea não vem pelo aeroporto de Fortaleza. Assim, impõe-se como necessidade premente a melhoria da repressão às drogas sintéticas pelos demais aeroportos internacionais.  Sem esquecer que nenhuma nação tem ideia da quantidade de drogas que é introduzida em seu território, imagine-se em nosso país diante de nossas continentais fronteiras em sua grande maioria desguarnecida. 

Considerando essas premissas fáticas, urge que o Governo Federal disponibilize verbas a fim de que a Polícia Federal, com apoio da Marinha e Polícia Rodoviária Federal aumentem seus efetivos nas fronteiras, nos aeroportos internacionais e por extensão nos portos marítimos e fluviais. Também deve-se dotar de mais recursos todas as delegacias de combate às drogas da Polícia Civil em todos país, pois sem viaturas, nem homens, não há como pelo menos mitigar o tráfico de drogas.

O ECSTASY 
Apenas para que tenhamos uma noção dos malefícios, destacamos que o Ecstasy é uma das drogas mais perigosas da atualidade cuja origem está nas bases do MDMA (vulgarmente conhecida como MD, Michael Douglas, Molly), cujo nome cientifico é metilenodioximetanfetamina. Amiúde, o Ecstasy, é uma droga sintética, pertencente à família das anfetaminas, a qual em sua produção é normalmente misturado a cafeína, amido, detergentes, sabão em barra e outras drogas através de laboratórios clandestinos na Europa e no Brasil. É vendido sob a forma de comprimidos e ocasionalmente em cápsulas. A dose de cada comprimido consumida é variável, podendo chegar de poucos miligramas a mais de 200 mg, As festas onde se curtem o Ecstasy, MDMA, LSD etc.,  são as Raves, rave party, Rave dance estes termos foram usados pela primeira vez em 1970. Mais tarde em 1980, passou a ser também chamado de Acid House, essas festas se caracterizam por música eletrônica de ritmo acelerado, shows de luzes e muita droga. 

Sintomatologia
A redução da reabsorção da serotonina, dopamina e noradrenalina no cérebro, onde estas substâncias ficarão em maior contato entre as sinapses, causando euforia, sensação de bem-estar, alterações da percepção sensorial do consumidor e grande perda de líquidos. As alterações ao nível do tato promovem o contato físico, embora não tenha propriedades afrodisíacas, como se pensa, apenas aumenta o desejo incapacitando as condições fisiológicas para o ato sexual do indivíduo. 

Além disso, o uso do Ecstasy gera:  Hipertermia, desidratação, exaustão, lesões no fígado. • A ansiedade pode evoluir para uma crise de delírio severo, agitação e convulsões. • Acidentes rodoviários: o Ecstasy é um estimulante poderoso cujo consumo é estritamente incompatível com a condução de veículos. • Acidentes psiquiátricos são às vezes irreversíveis. Náuseas, vômitos, palpitações, que podem levar a problemas cardíacos, às vezes fatais. • AIDS: o uso de ecstasy entre outras drogas, normalmente faz o indivíduo negligenciar o uso de preservativos. 

Os efeitos do Ecstasy variam dependendo da quantidade absorvida e da frequência de consumo. No entanto, uma única dose pode ter consequências mortais. 

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