Hipótese
Imaginemos que em algum local paradisíaco na Eternidade, se encontraram um dos maiores estrategistas da humanidade, o Primeiro-Ministro britânico Winston Churchill, que dispensa maiores apresentações, com o maior estrategista brasileiro, Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, um dos heróis da Guerra do Paraguai. Nesse encontro de comensais no Além, Caxias, queixava-se que estava muito preocupado com o insucesso das autoridades brasileiras diante dos altos índices da criminalidade no Brasil, principalmente com a hegemonia das facções criminosas, cada vez mais agressivas usando o nosso país com um dos maiores entrepostos do narcotráfico mundial. Na ocasião, Churchill solicito, disse que poderia sugerir algumas medidas a serem encetadas contra o Crime Organizado e contra a Guerra às Drogas, pois afinal de contas, de conflito bélico ele entendia, já que fora um dos grandes vencedores da II Grande Guerra. Também na ocasião, Churchill lembrou a Caxias, que já havia ouvido falar das vitórias dele contra os paraguaios e estimulou a Caxias, o nosso Patrono do Exército que também teria muito desses conhecimentos a posteridade. Considerando esse raciocínio hipotético, será que as estratégias de Churchill e Caxias não poderiam ser aproveitadas na luta contra os bandos armados que comandam o crime a partir de favelas cariocas e da periferia paulista?
Certamente que sim. Dessa conversa entre Churchill e Caxias numa paisagem edênica, entre várias xícaras de chás, torradas e geleias, discutiram táticas para enfrentar o crime organizado e o tráfico de drogas no Brasil, suas experiências e insights poderiam ser extremamente valiosos. Aqui estão algumas estratégias inspiradas em suas abordagens históricas:
Estratégias de Winston Churchill
1. Unidade e Colaboração Internacional
- Churchill foi um mestre em formar alianças. No contexto brasileiro, isso poderia traduzir-se em maior colaboração internacional para combater o tráfico de drogas, incluindo cooperação com agências de inteligência estrangeiras e organizações internacionais.
- Criar parcerias com países vizinhos para controlar as fronteiras e impedir o fluxo de drogas.
2. Comunicação e Propaganda
- Churchill era conhecido por seu uso eficaz da propaganda para manter o moral e a determinação. Uma campanha de comunicação robusta poderia ser utilizada para mobilizar o apoio público contra o crime organizado, promovendo a importância da colaboração comunitária.
- Utilizar mídia e redes sociais para educar a população sobre os perigos do tráfico de drogas e incentivar a denúncia de atividades suspeitas.
3. Operações de Inteligência
- O uso extensivo da inteligência militar foi uma marca registrada de Churchill. Implementar operações de inteligência sofisticadas para identificar e desmantelar as lideranças das facções criminosas.
- Investir em tecnologias de vigilância e análise de dados para monitorar atividades criminosas e prever movimentos das quadrilhas.
4. Operação Coordenada e Decisiva (Comparável à Evacuação de Dunquerque)
• Aplicação no Brasil: Realizar operações conjuntas envolvendo todas as forças de segurança (Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Guarda Nacional e Forças Armadas). Assim como em Dunquerque, a coordenação precisa ser precisa para minimizar perdas e maximizar os resultados.
• Exemplo: "Operação Cerco Integrado": Mobilizar forças para isolar completamente áreas críticas do tráfico. Utilizar bloqueios logísticos para evitar entrada e saída de drogas, armas e dinheiro.
5. Inteligência e Tecnologia (Análogo à Batalha da Grã-Bretanha)
• Aplicação no Brasil: Investir em tecnologia, como drones de vigilância, câmeras com reconhecimento facial e sistemas de monitoramento de telecomunicações. Assim como o radar foi decisivo contra a Luftwaffe, o uso de big data e inteligência artificial pode prever e desmantelar atividades do crime organizado.
• Exemplo: Criar um "Centro de Comando Inteligente" regional que centralize informações das polícias e das Forças Armadas, com apoio de ferramentas como o Muralha Paulista e algoritmos preditivos.
6. Controle de Recursos Críticos (Equivalente à Operação Mers-el-Kébir)
• Aplicação no Brasil: Destruir a capacidade operacional das organizações criminosas, confiscando bens, interceptando fluxos financeiros e destruindo laboratórios de produção de drogas.
• Exemplo: "Operação Fluxo Zero": Impedir a movimentação de recursos financeiros por meio de monitoramento bancário e bloqueios de contas ligadas a traficantes.
Estratégias do Duque de Caxias
“Sigam-me os que forem brasileiros” (Duque de Caxias)
A frase acima foi dita em 06 de dezembro de 1868, num momento dramático da batalha, quando os paraguaios infligiam muitas baixas aos brasileiros durante a Batalha de Itororó, na Guerra da Tríplice Aliança. O Marechal Luis Alves de Lima e Silva, então, Marquês de Caxias, com 65 anos, em seu cavalo, tomou a dianteira, atravessou a ponte acompanhado de toda a tropa, e venceu a batalha.
As estratégias militares do Duque de Caxias, Patrono do Exército Brasileiro e um dos maiores estrategistas militares da história do país, podem ser adaptadas para o combate
ao crime organizado e ao tráfico de drogas no Brasil. Suas campanhas durante as Guerras de Pacificação no Brasil e nos conflitos externos, como a Guerra do Paraguai, oferecem lições que podem ser contextualizadas para enfrentar desafios modernos de segurança pública. Abaixo estão os principais aspectos de sua abordagem militar e como podem ser aplicados:
1. Inteligência Estratégica e Conhecimento do Terreno
• Como Caxias fazia: Durante as pacificações de províncias rebeldes, Caxias estudava profundamente o terreno e utilizava informações detalhadas para planejar suas ações, garantindo superioridade tática.
• Adaptação no combate ao crime organizado:
o Mapear detalhadamente as comunidades-alvo, identificando rotas de tráfico, áreas de influência e líderes criminosos.
o Utilizar inteligência artificial, drones e big data para substituir o reconhecimento físico.
o Criar centros integrados de inteligência que cruzem dados entre Polícia Federal, Forças Armadas, polícias estaduais e PRF.
2. Ação Coordenada e Mobilização de Forças
• Como Caxias fazia: Ele promovia integração entre forças regulares e locais, alinhando estratégias de curto e longo prazo.
• Adaptação no combate ao crime organizado: o Promover operações conjuntas entre a Guarda Nacional, as polícias estaduais, a Polícia Federal e as Forças Armadas.
o Criar protocolos claros para evitar conflitos de competência e garantir eficiência operacional.
3. Controle Logístico e Bloqueios
• Como Caxias fazia: Ele cortava suprimentos e rotas de comunicação do inimigo para enfraquecê-lo antes de um ataque direto.
• Adaptação no combate ao crime organizado:
Implementar bloqueios logísticos nas entradas e saídas de comunidades dominadas por traficantes, impedindo o fluxo de drogas, armas e dinheiro.
Fiscalizar rotas estratégicas, como o Porto de Santos, entre outros portos, aeroportos, campos de pouso e rodovias que conectam áreas produtoras de drogas a grandes centros urbanos.
4. Discurso de Pacificação e Presença Sustentada
• Como Caxias fazia: Após vencer as batalhas, ele buscava reintegrar as regiões rebeladas ao controle central, com diálogo e medidas de estabilização.
• Adaptação no combate ao crime organizado:
o Após operações repressivas, implementar programas sociais,
infraestrutura e serviços básicos nas comunidades.
o Criar um programa de reinserção de jovens em situação de vulnerabilidade por meio de educação, esporte e emprego.
5. Gestão do Moral e Conquista da População Local
• Como Caxias fazia: Ele tratava as populações locais com respeito, evitando saques e abusos por parte de suas tropas.
• Adaptação no combate ao crime organizado:
Garantir que forças de segurança respeitem os direitos humanos durante operações, evitando abusos que alienem a população.
Promover campanhas de comunicação para engajar as comunidades no esforço contra o tráfico.
6. Ofensivas Cirúrgicas e Eficiência Operacional
• Como Caxias fazia: Ele preferia ações rápidas e cirúrgicas, evitando batalhas prolongadas e desnecessárias.
• Adaptação no combate ao crime organizado:
o Planejar operações de entrada, apreensão de líderes e saída, minimizando o impacto sobre moradores inocentes.
o Priorizar inteligência para neutralizar líderes do tráfico sem necessidade de ocupações prolongadas.
7. Parcerias e Reforço de Alianças
• Como Caxias fazia: Ele mantinha alianças com tropas e lideranças locais para garantir apoio em suas campanhas.
• Adaptação no combate ao crime organizado:
Estabelecer parcerias entre governos estaduais e federal, além de colaboração internacional para combate ao tráfico transnacional.
Criar redes de cooperação com organizações civis e ONGs que atuem em áreas de vulnerabilidade.
Metas a serem alcançadas
1. Redução do Poder do Tráfico: Isolamento logístico e perda de influência dos traficantes.
2. Conquista da Confiança Local: Populações das comunidades começam a cooperar com as forças de segurança.
3. Sustentabilidade: Ações repressivas são seguidas por políticas sociais de longo prazo.
4. Prevenção de Retaliações: Operações bem planejadas evitam violência desnecessária, reduzindo conflitos posteriores.
Considerações Finais
A eficácia das estratégias de Caxias decorre de sua combinação de força militar e ações políticas. No combate ao crime organizado, o mesmo equilíbrio é necessário: ações repressivas isoladas não são suficientes; é preciso reestruturar as comunidades e reintegrá-las ao tecido social. Caxias, em sua visão de longo prazo, mostrou que a força, quando usada com planejamento e inteligência, pode criar as bases para uma paz duradoura.
Essas táticas combinariam a habilidade diplomática, de planejamento e de comunicação de Churchill com a experiência militar e reformista de Caxias, criando um plano abrangente para enfrentar o crime organizado e o tráfico de drogas no Brasil. Resta agora, torcer que um dos nossos líderes sonhem este mesmo nosso “sonho sonhado” como disse o poeta e/ou que tenha a mesma imaginação assimilando as lições desse dois gigantes da História. Enquanto, não atentarem que no passado há grandes lições para uso na atualidade, segue o baile ou melhor o chá!
(82) 996302401 (Redação) - Comercial: [email protected]
© 2025 Portal AL1 - Todos os direitos reservados.