Às vezes escrever um
texto simples, sobre política, leva horas. O objetivo não é
machucar ou insultar ninguém. Mas é que vidas estão em jogo e
outras vidas são jogas como bolas de sinuca, que batem nas outras,
são aproveitadas em tabelas até cair na caçapa (nome técnico que
chamamos de buraco). A explicação técnica serve para revelar que
muitos caem mesmo É NO BURACO.
Quando dois (políticos) interessados em fazer aliança se dispõem a sentar, em algum momento da conversa vai ter uma frase clássica, mesmo que seja dita em várias línguas: Eu tenho o que você quer e você tem algo que eu quero.
Quando uma terceira pessoa recebe a informação ela já vem com o veneno extraído do encontro. Não tenha dúvida que os dois lados vão querer vazar a informação, mas cada um a seu jeito. É assim que a terceira pessoa aparece e já recebe o veneno com aditivos ainda mais venais.
Quem é quem
Na
política profissional dou o nome de missionário à segunda pessoa
envolvida. Mas assim como ele, o terceiro – que chamo de xeleléu –
não sabe qual o objetivo real da missão a eles atribuída. Também
é por isso que há tantas CONTRAinformações no mercado político.
O planejamento e a estratégia são a alma do negócio na vida pública, mas a especulação desvairada, com agentes emissores sem credibilidade no mercado é uma péssima forma de fazer política, principalmente quando o jogo envolve mais de um vencedor.
O sucesso é um misto de preparação e sorte. Eles têm que combinar, porque na política um precisa do outro – cada vez mais.
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