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Pode continuar a chamar o presidente da República de genocida, negacionista etc e tal, mas Jair Bolsonaro tem o que nenhum outro político tem em Alagoas: o êxtase do povo com ele nas ruas, praias e até na zona rural. Talvez Collor ainda arraste gente, mas seu fã-clube já não tem tanta disposição para segui-lo.

Os alagoanos iniciam o ano eleitoral com Rodrigo Cunha, de maneira acanhada, equivocada e desencontrada, vagando sobre sua POSSÍVEL candidatura ao governo do Estado “Sou candidato a governador do estado. É uma possibilidade muito real [de vitória]. As pesquisas mostram isso, nossa trajetória mostra isso, e é uma decisão a ser tomada em breve. Não tenho necessidade [de antecipar campanha]. Quem está antecipando a campanha é porque precisa angariar apoio político”. O trecho está numa reportagem deste domingo, no portal R7, que menciona a possibilidade de 12 senadores disputarem o governo.

Analise você os trechos:
1 - “Sou candidato a governador do estado".

2 - ... é uma decisão a ser tomada em breve”.

Rodrigo Cunha, por tergiversar, não saiu na frente e os alagoanos esperam pelo primeiro pré-candidato a dizer as palavrinhas mágicas (EU SOU PRÉ-CANDIDATO AO GOVERNO) e se dispor às sabatinas com a imprensa (inclusive a marrom).

Haja o que houver nas alianças, nenhum dos nomes que estarão nas urnas terá a força do povo nas ruas, praias e até na zona rural para levá-lo até a cadeira que, há 7 anos, hospeda Renan Filho. 

Político perto do povo só no ano eleitoral dá nisso aí. Esse erro Bolsonaro não cometeu.

REPONDENDO A PERGUNTA: O que é que Bolsonaro tem, que Alagoas não tem? 
RESPOSTA: Alagoas não tem político com proximidade contínua com as pessoas. 

Parafraseando o químico Faustão: Urna não é penico.

Um ótimo ano a você e família.