No mecanismo da coalizão política os interesses são pelo mesmo
bolo do erário, onde as fatias estão nos espaços negociáveis dos governos federal,
estadual e municipal.
Funciona mais ou menos assim: quem está dentro não quer sair e faz de tudo para não perder. Os que estão fora fazem oposição e lutam para também se lambuzarem. Nesta briga de gatos e gatunos o erário fica sobrecarregado. Não há crime, diga-se de passagem, porque na politicagem o sinônimo de coalizão é divisão dos espaços.
Assim, não se espante ao saber que, o que vale para a turma da direita, do centro e da esquerda, também vale para os extremistas. O objetivo central é comer e se lambuzar no bolo da viúva (leia-se espaço no governo).
Tem sido assim e assim parece que será por mais tempo. De uma coisa sabemos: a sociedade não está cansada dos mesmos nomes de sempre. Se nos EUA a novidade é, de novo, novamente Biden x Trump, a novidade em Brasília, após Bolsonaro, foi Lula outra vez. E pode ser outra vez (se o STF permitir). Neste pode, não pode, o centrão velho de guerra, desde os tempos de constituinte, mantém na presidência da Câmara o ponto de força central do país. É por isso que Arthur Lira tem o controle do botão do pânico – para os contrários ao agrupamento denominado CENTRÃO.
E sobre mecanismo, após a lava jato, que deu uma limpada no grude de muitos sujos, ensaiando um ar de renovação na crise ética e moral da política, os sobreviventes enfrentam, agora, uma crise de lideranças. E quando há crise, há negociação e nos arrumadinhos todos “brigam” pelo seu pedaço. A moral (sic) dessa ladainha é que todos estão no pacote do EGOCentrão (PRIMEIRO EU E DEPOIS OS MEUS).
Você come ou já comeu do bolo do erário?
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