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Maceió/Al, 04 de dezembro de 2024

Colunistas

Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
21/11/2024 às 09:40

Renan Filho vem aí

Era madrugada do dia 7 de outubro de 2022, horas depois das vitórias de Paulo Dantas, ao Governo, e Renan Filho, ao Senado. De cima de um trio-elétrico, na porta do prédio onde mora JHC, o atual Ministro dos Transportes – feliz e biritado – disse o que quis, acordou moradores e vizinhos com palavras fortes, afirmando que JHC era, naquele momento, um prefeito instagramável, com obras sem relevância (os termos foram mais pesados - coisa de quem bebeu d+).

Pois bem... a política cobra sobre o que falam e fazem os mandatários, e Renan Filho, que promoveu feitos importantes para Alagoas, como governador, perdeu o direito de falar (estando sóbrio) sobre as realizações sem relevância do (ainda desafeto político).

Bem... sabemos que JHC será candidato em 2026. Senado ou Governo é a questão. E é aí onde cabe muito bem o AINDA DESAFETO POLÍTICO. Entro nesta questão porque, no final de semana, encontrei um Calheirista roxo, que sabe o que diz e o porquê diz, o qual me disse: o homem (Renan Filho) tá vindo aí pro governo, viu?. Não vou entrar nos detalhes da conversa, mas sobre essa possibilidade (que é real) deixo três pensamentos:

1º - Não há como prever o resultado das urnas para presidente em 2026. Renan Filho gosta de ser protagonista. Também não há como prever o futuro de Renan Calheiros. No bastidor falam em reeleição, não disputar e federal. Essa é uma questão familiar determinante para a sobrevivência dos Calheiros na política.

2º - Imaginando que Renan seja candidato e vença, Renan Filho não aceitaria dividir o protagonismo no Senado. Agora imagine dois Renans, num comparativo bem diferente, com 2018, disputando Senado e Governo.  Essa é uma questão familiar determinante para a sobrevivência dos Calheiros na política.

3º - JHC tem o que os Calheiros não têm: voto espontâneo crescente. Se for para o Governo terá dois fortes candidatos ao Senado, o que fortalece a candidatura no interior. E, com a fotografia de Maceió mudando constantemente (para mais interessante), com obras transformadoras na capital, será de JHC a decisão para sua própria sobrevivência política.

A diferença é que JHC, com sua estratégia – enigmática e solo – virou o jogo e já preocupa a oposição (isso é real).

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