Na política é assim: quando o Poder age, a situação reage. Faz parte do circo, que abre o picadeiro para os personagens.
Pouca gente lembra e quem tem menos de 30 anos duvido que saiba, mas foi com Ronaldo Lessa prefeito que Maceió abriu as primeiras portas para o turismo – NA PARTE BAIXA. As mudanças seguiram com Katia Born, que também passou por críticas quando a Prefeitura derrubava algo para que novas ações alavancassem o turismo.
Agora é a vez de JHC pagar o preço pelas mudanças e a bola da vez é a nova faixa verde na orla. A Prefeitura contratou o escritório de arquitetura mais renomado do país (Índio da Costa) para deixar ainda mais bela toda extensão marítima da capital. É visível que as novas fotografias – a olho nu – agradam, mas quando o assunto é mobilidade, aí entra em cena um personagem que está 10 anos atrasado – O Plano Diretor. Assim, qualquer mudança que gere insatisfação pode virar caso de Justiça, como acaba de acontecer.
A nova treta, que envolve moradores e comerciantes, não teria sentido se o Plano Diretor estivesse atualizado. A capital destaque no turismo brasileiro não pode brigar dentro de casa por um motivo desse. Maceió precisa avançar, mas, ao mesmo tempo que o Plano Diretor está atrasado, Maceió está bastante avançada quanto destino turístico. O setor empresarial, aliado ao poder público - neste caso tanto Prefeitura quanto Governo Estadual e ainda lembrando que o Ministério do Turismo foi ocupado por dois alagoanos, o deputado Marx Beltrão e o diretor do Sebrae, Vinícius Lages. O setor avançou, e muito. Lembremos. É muito por causa da nossa orla urbana, considerada joia rara no litoral das Américas. Incontestável.
Porém, o ponto urbano de discussão parece com a colocação da cadeira gigante. Existiram os a favor e os contra. A Prefeitura bancou, sustentou e com o tempo mostrou que estava certa.
Também pode recuar, sem demérito nenhum. Até porque nos tempos modernos de inovação em gestão pública o ato de “testar” é comum. A faixa verde dupla é um protótipo. Se der certo continua, se não der, que seja retirada. Bem simples.
A polêmica tem um ponto positivo. A discussão acalorada fez os cidadãos maceioenses exercerem sua cidadania de opinar sobre a cidade. Isso é outro grande avanço na cidade, que é durante décadas um dos 3 principais destinos turísticos do país.
O Diretor está atrasado, ok. Mas a direção está no rumo devido. Este fator independe de ser situação ou oposição.
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