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Há uma nova onda se formando no Brasil e que, se bem surfada, pode resolver os problemas sociais e econômicos em 27 municípios do Estado de Alagoas. Essa onda, por aqui, está em maré baixa e com efeitos contrários ao excelente resultado que pode causar.

A onda, agora, é a Economia do Mar. Certamente você não saiba, mas Alagoas tem 27 municípios costeiros, sendo 14 com mar em seu território e 13 com rios e lagunas. Sabe o que isso quer dizer? Que eles representam mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.

O Estado do Rio de Janeiro, o município de Cabo Frio (RJ) e Salvador (BA) já criaram a Secretaria do Mar. São o Estado, a capital e o município que saíram na frente, mas ninguém está atrasado porque, assim como a água corre para o mar, as oportunidades de fazermos a coisa certa acontecem todos os dias, a partir do momento em que abrimos os olhos. Enxergar o futuro decente para as cidades é um desafio que não está na pauta da maioria dos gestores. É fato.

Assim, o prefeito (a) que decidir buscar a Certificação Selo Azul Cidades Costeiras estará dando um importante passo para tirar seus municípios da dependência do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Além de impulsionar a economia dos municípios costeiros, o selo promete melhorar a qualidade de vida das populações litorâneas, fortalecendo a relação entre sustentabilidade e crescimento econômico.

A dica está aqui. O potencial da Economia Azul brasileira é extraordinário, pelo seu tamanho e diversidade. O Brasil tem 17 estados litorâneos e 443 cidades costeiras ao longo de 8 mil km de litoral. Nesta região concentram mais de 80% do PIB e da população do país. “É a nossa Amazônia Azul”. 

O pontapé inicial foi dado no dia 20 de fevereiro, através da Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, com a Certificação “Selo Azul Cidades Costeiras”. A certificação impulsiona sustentabilidade e desenvolvimento econômico nas cidades litorâneas que adotam boas práticas de gestão ambiental, econômica e social voltadas para a Economia Azul. Com base em 20 requisitos e no Índice da Economia Azul, a certificação leva em conta critérios como governança, gestão costeira, preservação dos ecossistemas marítimos e incentivo ao empreendedorismo azul. Percebe que o desafio para os gestores de Alagoas é gigante?

Com essa certificação, os municípios terão mais oportunidades para atrair investimentos, fomentar o turismo sustentável e fortalecer setores estratégicos como a pesca, o transporte marítimo e as energias renováveis. Entre os principais benefícios diretos e indiretos, estão:

Atração de investimentos: Municípios certificados se tornam mais atrativos para investidores nacionais e internacionais

Fortalecimento da economia local: O selo impulsiona setores como turismo, pesca e transporte marítimo sustentável.

Aprimoramento da gestão pública: Incentivo à adoção de processos padronizados e transparentes na administração pública.

Sustentabilidade ambiental: Promoção de boas práticas na gestão de resíduos e preservação dos ecossistemas costeiros.

Maior credibilidade e cooperação internacional: Cidades certificadas ganham visibilidade e podem acessar redes de apoio técnico e financeiro.

E aí... quem topa surfar na onda azul?

Os municípios costeiros em Alagoas são: Atalaia, Barra de São Miguel, Barra de Santo Antônio, Coqueiro Seco, Coruripe, Feliz Deserto, Igreja Nova, Japaratinga, Jequiá da Praia, Maceió, Marechal Deodoro, Penedo, Maragogi, Messias, Murici, Paripueira, Passo de Camaragibe, Pilar, Porto Calvo, Porto de Pedras, Piaçabuçu,  Rio Largo, Roteiro, São Luís do Quitunde, São Miguel dos Milagres, Santa Luzia do Norte e Satuba.  

O desafio está lançado.  Agora que você sabe, já pode cobrar do seu|sua prefeito|prefeita.