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Maceió/Al, 07 de abril de 2025

Colunistas

Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
07/04/2025 às 06:40

“Eu pranejo, por isso dá certo”. Ele fala errado, mas faz acontecer (do jeito dele)

Agora chamado de “Leão do Norte”, Cícero Cavalcante, que outrora era ridicularizado como “Ciço das Cachorras”, virou exemplo quando o assunto é liderança de grupo. E ele tem a receita: “Eu pranejo, por isso dá certo”.

No início dos anos 2000, Cícero passou o comando de Matriz do Camaragibe ao então amigo/irmão Marcos Paulo, o Marquinhos. A aliança política e a amizade sucumbiram logo e Cícero soube esperar para dar o troco. Antes, “pranejou” conquistar a Prefeitura do vizinho município São Luís do Quitunde, dominada pelo grupo do prefeito João Cordeiro, que estava no segundo mandato. Foi uma disputa que poucos acreditavam que terminaria sem morte e que João não faria a sucessora (Viviane, sobrinha de Fátima Cordeiro, esposa de João e deputada estadual). Todos erraram os prognósticos, exceto Cícero, que “pranejou” direitinho e passou a dominar a terra dos Cordeiro, com ele prefeito, depois a filha e, agora, a sobrinha. Cícero, literalmente, é o leão que devorou o cordeiro nas urnas com habilidade e estratégia própria. Foi “pranejando que reconquistou Matriz do Camaragibe do comando de Marquinhos, e fez a filha Flavia Cavalcante chegar ao segundo mandato como deputada estadual. Ele está correto (com vênia ao bom português), ao defender a tese de que que “pranejar” é o segredo para manter a hegemonia.  

Faltou ao ex-prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, o GG, a sapiência de Cicero Cavalcante. Este texto pode e deve servir de exemplo para amigos e parentes que comandaram a vitoriosa sucessão nas urnas, nas eleições de 2024. Tem muita gente com a amizade e parceria no limite e tem outros que, assim como GG, já estão trabalhando no bloco da oposição.

Bem... não há dúvida de que a receita de Cícero é eficiente, mas tem que saber “pranejar” e observar todas as variantes. Vania do Passo (no Passo de Camaragibe) e Fernando Sérgio Lira (em Maragogi) talvez não tenham observado todos os riscos. São só dois exemplos claro da falta de “pranejamento” que o Cícero Cavalcante recomenda.  

Em tempo: Cícero pronuncia pranejar. Talvez por vício, pouca escolaridade ou dificuldade na pronúncia. Mas ele planeja muito bem.  

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