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Marco Toledo, Eudo Freire e Gerson Guarines estão em outros ares. Durante anos, com seus partidos nanicos, jogaram xadrez como gente grande. O tempo passou e só o quarto elemento do grupo, Adeilson Bezerra, conseguiu se reinventar. Mais que um sobrevivente neste sistema bruto, denominado política das Alagoas, eis que o aliado de primeira ora de Renan Calheiros e secretário no Governo Paulo Dantas, decidiu ir para o confronto até contra o presidente Lula, para evitar a homologação de terras em Palmeira dos Índios. “Se o Lula fizer (homologar a demarcação de terras em Palmeira dos Índios) a gente desmancha. Digo isso porque o Senado, pro maioria ampla, aprovou o Projeto de Decreto Legislativo 717/2024 que derruba os decretos assinados pelo presidente Lula, homologando as terras Morro dos Cavalos e Toldo Imbu, em Santa Catarina. A próxima homologação seria em Palmeira e isso não vai acontecer”, garante o Bezerra.

Nascido há 57 anos na Serra da Boa Vista, área demarcada, Bezerra até poderia ser declarado índio, mas está neste filme como cara pálida. “Meus parentes que ainda têm terra continuam lá. Não sou contra índio. Eu defendo a propriedade rural, porque há famílias que têm propriedade com mais de 100 anos registradas em cartório e podem perder tudo com a homologação. Vem o presidente Lula, de forma sorrateira e desrespeitosa, homologar terras em Santa Catarina e já estava certa da próxima ser Palmeira. Não vai”, peita Bezerra.

Perguntei ao nobre advogado, também presidente estadual do Solidariedade e diretor-presidente do Ipaseal Saúde, o porquê da ausência total dos caciques e índios alagoanos nesta causa. “A classe política não tem interesse. Como diz o ex-deputado Jota Duarte, Palmeira tem pouco índio para muito cacique”.

Cuidado, Cara Pálida! Os caciques cutucados têm bala (de poder) na agulha. Também são mais de 2 mil índios em estado de alerta.