Anote aí, depois cobre a fatura.
Os fenômenos eleitorais têm um ciclo curto, na política. No caso em tela, não aposte todas as fichas numa eleição tranquila para o deputado JHC.
Midiático e muitas vezes longe da realidade, fala pelos cotovelos, fruto natural do DNA do pai, João Caldas da Silva. O matuto do distrito de Canastra, em Ibateguara, também surgiu como um raio. Com a lábia e astúcia peculiar, foi prefeito de Ibateguara, presidente da AMA, deputado estadual e deputado federal, até tombar nas urnas, para nunca mais vencer.
Estratégico
Ágil e voraz como uma águia, João Caldas
juntou-se ao então vice-presidente José
Alencar e conquistou espaços nos bastidores do Poder, em Brasília. Quer
conhecer cada buraco pelos corredores do Congresso? Fale com João Caldas. Quer apimentar a vida
política de alguém? Fale com João Caldas.
Não há como falar em JHC, sem mencionar João Caldas. Aliás, essa estória (com e) de candidatura ao Senado não é apenas uma balela, é um dos caminhos para a possível derrocada de JHC, que é uma versão online do pai. Tem a maioria dos vícios dele, mas utiliza as redes sociais como poucos e se sobressai. Neste quesito vale um PARABÉNS à equipe de marketing.
Pois é... marketing é o baú de ouro do deputado. Do jovem suplente, que assumiu a cadeira na ALE em decorrência da morte de Almir Lira, ao astuto integrante da Mesa Diretora da Câmara Federal, há uma bolha, já visível, que tem indicativos para estourar no dia 7 de outubro.
Observação
Não é uma crítica a JHC. Não é
torcer por sua derrota nas urnas. Aliás, ainda o observo como o melhor deputado
federal desta legislatura, mas ele perdeu o foco dos votos, assim como fez João Caldas. Pelo que aprendi em 21
anos acompanhando política JAMAIS DEIXE O CONTROLE NAS MÃOS ALHEIAS.
As aparências enganam. Que o diga o já esquecido Cícero Almeida, bola cantada como puxador de votos, em 2014. Claro que não há como comparar as estruturas, mas ambos são fenômenos deste universo indecifrável, chamado política.
Anote aí
O JHC que imagina estar no mesmo nível político de Renan Filho e Rui Palmeira é mais um que deixou o cavalo passar selado, para 2018. Também por isso terá dificuldade
para a reeleição. Assim como o pai, foi jogado nas pesquisas para virar boi de piranha e não soube jogar o jogo. Na omissão, foi atropelado.
Em outubro, pode cobrar a conta.
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