Ainda curtindo o recall do necessário ajuste
fiscal e a redução na violência, o govenador Renan Filho também sorrir,
facilmente, com os números da aprovação de sua administração feijão com arroz.
Sim, o governo faz (e é obrigação), mas não transforma (que também é
obrigação).
O começo
O ajuste fiscal, em tempo de crise, era
necessário e o governador, economista por formação acadêmica, sabia que a
governabilidade dependia do corte de gastos e do arrocho no setor produtivo,
acostumado ao jeitinho brasileiro para escapar da tenebrosa carga tributária.
Ainda assim, a “paz econômica” só foi possível porque o senador Renan entrou em
campo, ainda com Dilma na presidência, para garantir carência e redução da
dívida do Estado junto ao Governo Federal.
No item segurança pública o governador também acertou, ao escolher e dar carta branca para o promotor de justiça Alfredo Gaspar de Mendonça. Com os investimentos do Estado e a credibilidade do secretário-Xerife, Alagoas ganhou destaque na redução da criminalidade.
Com o
passar do tempo
Com mais uma coisinha aqui e outra ali, típicas de
administrações voltadas para a imagem de Governo que Faz, Renan Filho optou por
alavancar sua gestão recapeando e abrindo estradas, aparelhando a
polícia e dando ordem de serviço a uma série de obras ainda não concluídas.
Não há como negar que a comunicação foi eficaz e Alagoas foi vendida como exemplo de eficiência administrativa. Mais um ponto para a imagem do governador.
Desempregados
e endividados
O economista Renan Filho tem sido um ótimo marqueteiro. Mas, vez
ou outra, os números o colocam no canto da parede. Agora, por exemplo, Alagoas ficou entre os estados que apresentaram
os maiores saldos negativos nas oportunidades de trabalho. Pior: o estado teve
mais postos de trabalho fechados do que São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e
Ceará (por exemplo).
Sem emprego, em março o número de consumidores inadimplentes em Alagoas chegou a 923.554. Pior: um aumento de 0,52% em relação a março do ano passado. Os dados são oficiais. De acordo com o Serasa Experian, o volume de inadimplentes alagoanos representa 39,5% da população adulta no estado. O Serasa Experian justifica que o avanço de inadimplentes está relacionado ao aumento do desemprego.
Estradas, sim!
Segurança, sim!
Mas a dignidade vem com o trabalho. A educação em tempo integral em 100% das escolas estaduais seria essencial e a saúde
pública com o básico aliviaria as dores da vida.
É vida que segue - para a maioria - sem oportunidades de trabalho, sem ensino integral e sem hospitais para atender a demanda da maioria.
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