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Em Brasília há fumaça para todo lado

Quem de nós nunca ouviu esta frase na casa dos pais: “Diga-me com quem andas e te direi quem és!”. Ela se tornou clássica a nossos pais quando eles queriam nos afastar da má influência das companhias. Eles tinham de fato toda a verdade. Sabiam muito bem as confusões que poderíamos aprontar se seguimos as orientações destes maus companheiros. Eles queriam que evitássemos estes constrangimentos, para nós e especial para eles.

Na política, a arte de todas as artes, saber quem é a má companhia é tão ou mais difícil quanto acertar os seis números da Mega-Sena.

Mas há outro ditado popular que diz: Onde há fumaça, há fogo. Na política há fumaça por toda parte. Se hoje fosse o dia do juízo final para os políticos não haveria Corpo de Bombeiros do mundo que apagasse as chamas.

Mas o fato, novo fato, para nós alagoanos, foi a inclusão do nome do Ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintela, numa reportagem do Fantástico do último domingo, onde aponta Maurício como sendo uma indicação de Eduardo Cunha, por serem próximos demais.

O pedido de prisão de Eduardo Cunha, assinado pelos procuradores do Ministério Público Federal, diz que Mauricio Quintela virou ministro por indicação do deputado cassado. A nota também mostra que Mauricio Quintela votou a favor de Cunha, no Conselho de Ética da Câmara.

Bem... a situação de Maurício Quintela se enquadra muito bem, tanto para o “Diga-me com quem andas e te direi quem és”, quanto para o “Onde há fumaça há fogo”.

No post anterior escrevi que Maurício e o também ministro Marx Beltrão assanham a possibilidade de disputarem uma das duas vagas no Senado, em 2018. Claro que não deixarão a vaga “certa” por uma aventura. Vai ou ou outro – se for. 

Com relação à reportagem do Fantástico, Maurício realmente andou com má companhia e a fumaça queimou Cunha. Se ele é igual ou parecido é outra história. Na política o interessante é que há sempre um novo capítulo. 

Na verdade, quis mostrar - apenas, que nossos pais tinham razão.