JHC será o prefeito de Maceió porque seguiu os pré-requisitos para vencer.
1 - Trabalhou a sucessão de Rui Palmeira desde a derrota de 2016, quando ficou fora do segundo turno (neste período Alfredo e Davi estavam fora do jogo);
2 - Jogou alto quando apostou no desgaste da gestão de Rui e, daí, criou o conceito de mudança (Alfredo e Davi, a esta altura, não tinham nem certeza da candidatura);
3 - Manteve-se firme no discurso contra a Assembleia Legislativa. Foi contra a ALE que conseguiu a eleição e reeleição de federal (surgia a possibilidade de candidatura de Davi e Alfredo era o Procurador Geral de Justiça de Alagoas quando a casa da Braskem começou a rachar);
4 - Eficiente na articulação, sustentou a aliança com Rodrigo Cunha, aproximou-se de Teotonio Vilela Filho e convenceu Ronaldo Lessa a ser seu vice (Davi já tinha a certeza da candidatura e Alfredo conseguiu o improvável: reunir Renan Filho e Rui Palmeira no mesmo palanque. Foi o grande erro de sua assessoria. A decisão custou o recall da imagem do xerife que resolveria os problemas de Maceió);
5 - A cereja do "BOLO 40" foi conseguir escapar do bombardeio de ataques à sua família (política) e ainda sair como vítima. (Em contrapartida, Davi recebeu o carimbo de ser o candidato da Assembleia Legislativa e Alfredo o candidato do continuísmo de Rui e dos Calheiros. Isso pegou como chiclete nos tênis, sandálias, sapatos e tamancos).
Por fim, a plástica da belíssima campanha de Davi Davino Filho não conseguiu dar grandeza ao desconhecido deputado, que saiu grande do pleito. Alfredo viu que justiça e política caminham juntos, mas não se toleram. JHC, que teve a pior proposta de campanha venceu porque o eleitor de Maceió continua rebelde, algo diagnosticado por Renan Calheiros em 1988, quando ele perdeu a eleição para Guilherme Palmeira.
Você tem razão, Renan. O imbróglio é que a turma não consegue fazer o dever de casa para agradar a esse povo tão sofrido.
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