A pressão –
tardia e ostensiva - de Renan Calheiros, contra a Braskem, caminha para um
desfecho catastrófico para Maceió. Mais de 20 mil empregos estão ameaçados se a
Braskem for embora. Falta pouco, porque o Governo de Sergipe tem trabalhado
para ser a opção 01, caso a decisão de sair de Alagoas seja confirmada. E por
que essa possibilidade é real? Porque a empresa não depende mais do sal de
Alagoas e porque os novos acionistas não estão nada satisfeitos com os ataques
de Renan.
Não sei se você sabe, mas a base Alagoas da petroquímica é a menor entre as cinco instaladas no país (Alagoas, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul). A Braskem de Maceió corresponde a pouco mais de 5% do faturamento do grupo.
Não está em questão, aqui, a culpabilidade da petroquímica. Essa questão está judicializada e certamente terá um veredicto. Também não está em questão o esvaziamento populacional e o fim de centenas de comércios nos bairros atingidos - porque também já foi resolvido.
Também não sei se você sabe, mas Alagoas, pela inoperância dos líderes da nossa política, perdeu o Banco Produban, a Ceal, a Codeal, perdeu a gestão do Porto de Maceió para o Rio Grande do Norte, a sede da Petrobras no Pilar, para Sergipe e com a decisão a ser tomada pela Braskem, a Algás também será afetada, porque cerca de 80% do gás comercializado é comprado pela Braskem, além disso, o consumo de energia elétrica diária da Braskem equivale ao consumo de Maceió. Imagine isso sendo real.
O setor produtivo (não citarei os nomes que ouvi) está em alerta máximo de desespero. Impressionante é que logo agora, quando o Estado avança em tratativas para gerar oportunidades de negócios e fortalecer a economia.
Coisas das Alagoas que o ministro do Povo, França Moura, cansou de alertar: “Plantaram uma cabeça de burro aqui” e “De que é feito o ser humano?”.
Começa um
novo capítulo.
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