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Maceió/Al, 08 de maio de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
11/09/2023 às 10:03

Braskem: o pior pode estar por vir

 A única certeza que se tem é que moradores e comerciantes perderam seus lares e seus negócios Foto: Itawi Albuquerque A única certeza que se tem é que moradores e comerciantes perderam seus lares e seus negócios Foto: Itawi Albuquerque

A pressão – tardia e ostensiva - de Renan Calheiros, contra a Braskem, caminha para um desfecho catastrófico para Maceió. Mais de 20 mil empregos estão ameaçados se a Braskem for embora. Falta pouco, porque o Governo de Sergipe tem trabalhado para ser a opção 01, caso a decisão de sair de Alagoas seja confirmada. E por que essa possibilidade é real? Porque a empresa não depende mais do sal de Alagoas e porque os novos acionistas não estão nada satisfeitos com os ataques de Renan.

Não sei se você sabe, mas a base Alagoas da petroquímica é a menor entre as cinco instaladas no país (Alagoas, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul). A Braskem de Maceió corresponde a pouco mais de 5% do faturamento do grupo.

Não está em questão, aqui, a culpabilidade da petroquímica. Essa questão está judicializada e certamente terá um veredicto. Também não está em questão o esvaziamento populacional e o fim de centenas de comércios nos bairros atingidos - porque também já foi resolvido.

Também não sei se você sabe, mas Alagoas, pela inoperância dos líderes da nossa política, perdeu o Banco Produban, a Ceal, a Codeal, perdeu a gestão do Porto de Maceió para o Rio Grande do Norte, a sede da Petrobras no Pilar, para Sergipe e com a decisão a ser tomada pela Braskem, a Algás também será afetada, porque cerca de 80% do gás comercializado é comprado pela Braskem, além disso, o consumo de energia elétrica diária da Braskem equivale ao consumo de Maceió. Imagine isso sendo real

O setor produtivo (não citarei os nomes que ouvi) está em alerta máximo de desespero. Impressionante é que logo agora, quando o Estado avança em tratativas para gerar oportunidades de negócios e fortalecer a economia.

Coisas das Alagoas que o ministro do Povo, França Moura, cansou de alertar: “Plantaram uma cabeça de burro aqui” e “De que é feito o ser humano?”.

Começa um novo capítulo.

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