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Maceió/Al, 12 de outubro de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
25/10/2023 às 08:36

Proponho CPI das indústrias das enchentes e da seca em AL

Não tenho a menor dúvida de que uma CPI, ainda que com endereço e objetivos definidos, seja importante para esclarecer dúvidas e apontar culpados pela malversação do dinheiro público, assim como pela negligência para salvaguardar a vida de milhares de pessoas.

A CPI da Braskem está instalada. Uma vitória maiúscula do senador Renan Calheiros. Neste texto não vou entrar em detalhes dessa nova fase. Que os senadores cumpram seu dever de fiscalizar (mesmo incriminando) e que os citados e convocados para momentos de vexame no novo circo nacional apresentem suas defesas.

1914, 1941, 1969, 1988, 1989, 2010, 2022 e 2023. São 109 anos desde a primeira enchente em Alagoas, afetando, destruindo e matando sonhos, pessoas e animais no vale do Mundaú (Zona da Mata – e minha região de origem). Em alguns desses anos também afetando cidades banhadas pelos rios Jacuípe (região Norte), São Miguel (região Central), Ipanema (Sertão) e Paraíba (Vale do Paraíba). Silêncio absoluto de 99% dos políticos, desde 1914.

Desde SEMPRE a seca castiga mais de 50% dos municípios do Estado. O sertanejo, em pleno século 21, com tanta tecnologia, ainda depende de carro pipa para ter água em casa. Em algumas localidades precisam carregar baldes de água na cabeça. Plantações que não prosperam. Silêncio absoluto de 990% dos políticos, desde 1914.

A seca (permanente) e as enchentes (cada vez mais constantes) são tão graves quanto o que aconteceu com os moradores (expulsos de suas casas e comércios) dos bairros dizimados com a mineração do sal-gema.

Em Maceió há pessoas doentes, há famílias enlutadas e há uma série de interrogações, como a inércia e o silêncio de muitos políticos que tinham o poder de evitar esse crime e, diferente do correto, receberam, durante anos, recursos para suas campanhas. É crime em cima de crime.

No caso da seca e enchentes há muito mais pessoas doentes, muito mais mortes, muito mais mistérios e muito, muito, muito mais dinheiro a cada calamidade.

Assim, como morador ribeirinho (em Murici) por muitos anos, ao perceber que não há a mesma intensidade para mitigar as seguidas tragédias, proponho a assinatura (DOS MORADORES DAS CIDADES ATINGIDAS PELA SECA E ENCHETE) que seja criada uma CPI, no Congresso Nacional, onde temos três senadores e nove deputados federais, para apurar o silêncio ensurdecedor para evitar o que é, ESSE SIM, o maior crime SOCIAL e ECONÔMICO de Alagoas, sob a tutela das indústrias das enchentes e da seca em Alagoas.

O 1% (com importância imensurável) dedico à deputada Fátima Canuto, pela mobilização nas audiências públicas realizadas na Assembleia Legislativa. Numa delas garantiu, com o apoio da Embrapa e Governo do Estado, a construção de 60 barragens subterrâneas no Sertão. E, agora, com o foco das barragens e a criação de açudes para garantir água para irrigar plantações em todas as áreas onde há enchentes. Neste caso é necessário a construção das benditas e tão esperadas barragens.  

Nome: Wadson Regis Vieira da Silva

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