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Maceió/Al, 14 de novembro de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
21/11/2023 às 09:24

A saúde pública está melhor, mas a política - na saúde - continua sem prazo de alta

Há 10 anos a saúde pública de Maceió só tinha o sobrevivente HGE para atender de uma simples topada ao caso mais complexo. Sem falar na superlotação e acomodação nos corredores.

Daí começaram a surgir as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o Hospital da Mulher, o Hospital Metropolitano, o Hospital da Criança e, agora, o tão esperado Hospital da Cidade.

É fundamental deixar claro que quando as UPAs começaram a funcionar havia uma hemorragia política entre os governos de Renan Filho e Rui Palmeira. Era disputa na política e pela paternidade e a responsabilidade dos custos. Saúde num estado marginalizado (politicamente falando) não é tarefa fácil.

Também não pode passar em branco que quando o governo do Estado, na gestão de Renan Filho, também construiu os hospitais regionais da Mata (em União dos Palmares), do Norte (em Porto Calvo) e do Sertão (em Delmiro Gouveia), diziam que se não fossem os recursos federais para o combate à pandemia do coronavírus seriam elefantes brancos.  

Agora, quando a população de Maceió recebe a notícia de que terá um hospital moderno, sob a responsabilidade do município, dizem que a aquisição representa um escândalo.

Paralelo ao que dizem, o Governo do Estado e a Prefeitura de Maceió têm chegado muito mais perto da população com uma série de ações básicas, mas que não aconteciam com frequência. Os seguidos mutirões em bairros e cidades minimizam o sofrimento das famílias de baixa renda. Esse ponto positivo deve ser melhor aproveitado pelos dois governos.

Já as seguidas encrencas pela paternidade dos avanços e rixa política de ataques desnecessários, beirando a covardia, provocam um efeito colateral que mantém a saúde pública doente. 

Partindo do pressuposto que parece conselho de vó PREVENIR É MELHOR QUE REMEDIAR

Por que tanto hospital e pouco atendimento de prevenção na base? Que tal fortalecer os agentes comunitários de saúde, as equipes de saúde da família e criar campanhas de incentivo a uma melhor qualidade de vida?

Hospital é bom e enche os olhos, mas por aqui tem “cego” que enxerga uma peça de marketing. A saúde da prevenção é, ainda, o melhor caminho que governos poderiam e deveriam adotar.

Apesar dos pesares, a saúde pública está melhor, mas a política - na saúde - continua sem prazo de alta.

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