Estrategicamente eficiente
e eficaz no sombrio duto dos bastidores, a Braskem havia feito “tudo
certo”. Caciques políticos e parte da imprensa estadual e nacional cozinhando
notícias do tipo feijão com arroz. Tudo básico desde de novembro de 2019, quando
a mineradora encerrou definitivamente a extração do sal-gema nos 35 poços e
iniciou o processo para fechamento e estabilização de todas as 35 minas, que no Mutange e Bebedouro têm profundidade média de 886 metros.
Com a nova fase, quase 15 mil imóveis precisaram ser desocupados. 60 mil pessoas tiveram que deixar casas, apartamentos e comércios. Cinco bairros tradicionais da capital viraram terra de ninguém. Surreal aos olhos de todos.
Especialistas destacaram, à época, que estabilizar o solo na região dos bairros “fantasmas” levaria cerca de 10 anos.
Enquanto explicava suas ações de marketing na mídia, a Braskem também avançava com o Programa de Compensação Financeira que havia sido criado no final de 2019. Nem todos aceitaram as condições e valores oferecidos e as ações se avolumavam na justiça.
Em janeiro de 2022 as primeiras demolições indicavam que a destruição dos bairros seria inevitável. A Braskem iniciou pelas encostas do Mutange, onde está a MINA 18, a DEMOLIÇÃO DE 2 MIL IMÓVEIS.
O dinheiro já era a tônica do grande escândalo.
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