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Maceió/Al, 01 de maio de 2025

Colunistas

Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
29/04/2025 às 07:49

Experiente em derrubadas, Arthur Lira não quer cair logo na primeira senha da superfederação

Vaqueiro nato, Arthur Lira sabe que a superfederação entre PP e UB está nascendo sem harmonia. São muitos interesses em jogo, não apenas pelo comando, mas pelo poder de negociação com o governo Lula. Ter 107 federais, 14 senadores, 6 governadores e 1.343 prefeitos é muito, assim como são demasiados os interesses dos protagonistas das duas siglas.

Por outro lado, a superfederação vai propiciar um fundo partidário de R$ 954 milhões. É aí, nesta pista, onde o vaqueiro das Alagoas solta as rédeas do seu Quarto de Milha e não tem para ninguém. Se há dois filhos que aprenderam a se virar em Brasília, eles são Arthur Lira e Renan Filho (sem compará-los).

Tudo bem que ter a maior bancada na Câmara seria ótimo para Lira continuar no comando do Centrão. Mas… quem disse que ele não terá as forças que precisa? Se um bom vaqueiro não erra o meio da faixa, imagine Arthur Lira articulando com a federação. Quando o vaqueiro descer do seu cavalo, o general Lira saberá como montar sua estratégia sem ferir Ciro Nogueira, Antonio Rueda, Alcolumbre, ACM Neto e Ronaldo Caidado, destaques da federação, com pensamentos e interesses divergentes sobre 2026.

Ou seja: Lira vai esperar esse primeiro momento, do regime inicial de co-presidentes, com Rueda e Ciro Nogueira, no comando da federação até dezembro. Será a partir de janeiro que os federados escolherão o primeiro presidente. Com o mapa das emendas em mãos, duvido que Lira não retome o protagonismo.

Se não for como ele planeja, vai buscar na expertise do vaqueiro Arthur, os ensinamentos de como agem as raças de cavalo em situações de pressão. O  Quarto de Milha, por exemplo, é conhecido pela passada forte e rápida em curtas distâncias. Arthur e Lira terão a janela para pularem juntos, em caso de coice. Por ora, o cavalo está manco e por aqui só quem tem a vacina para ele é JHC (que vive em outro mundo, pensando bem diferente, sem muita atenção ao Arthur).

Torço muito pelo Lira, em Brasília. Significa emendas e máquinas para Alagoas, como nunca se viu. É que ele não entende as mensagens e vive se preocupando demais com o Seu Zorro.

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