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Maceió/Al, 21 de novembro de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
20/12/2023 às 09:11

Falta verdade. Todos choram

Sem punição, prevalece o erro. E o acúmulo das distorções políticas está conduzindo Maceió ao caos econômico, social e habitacional. E não é por culpa da Braskem.

Diferente dos 100 municípios do Estado, Maceió tem sido, ao logo das eleições, resistente às tentativas de ocupação dos políticos dominantes. É uma terra sem dono (politicamente falando) e indevidamente ocupada na maioria das 74 grotas reconhecidas através do IBGE e ONU-Habitat. Dados oficiais, que constam na Prefeitura, também apontam que cerca de 80% dos imóveis da capital precisam ser regularizados.

Outro dado alarmante, que será apresentado em breve pela centenária Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp), revela que Maceió terá colapso habitacional em menos de 10 anos. Talvez por isso as construtoras estão adquirindo pequenos prédios para derrubá-los e construir torres enormes (já está acontecendo, inclusive na orla). Sem falar que o Plano Diretor da Capital está atrasado há 15 anos.  

Em meio a tantas distorções e malversação do dinheiro público, Maceió tem passado por uma verdadeira transformação em ruas, grotas e avenidas. Pavimentaram tudo, mas a cidade também sofre – há décadas – com a ausência de saneamento e esgotamento sanitário. O retrato desse desprezo político e dos que se intitulam ambientalistas pode ser visto, todos os dias, nas inúmeras línguas sujas que desaguam na mais bela orla do país.  

Percebe que Maceió é uma bomba-relógio e o Caso Braskem é só mais pólvora no mapa do caos?

O tema de hoje é Maceió (que não vai afundar). O paraíso das águas pede socorro (e não é apenas pelo que acontece com os cinco bairros evacuados).

A birra do momento é a divisão pelo dinheiro da BRK que, diga-se de passagem, é vandalizada injustamente, porque muita gente só vê a destruição em ruas, grotas e avenidas e cobra quando falta água. A BRK comprou o gato por lebre mais caro do país e está pagando um preço surreal.

Vamos em busca da verdade, antes que tirem Maceió até do mapa do turismo.

MORAL DA HISTÓRIA: “saneamento não dá voto, mas dá briga por dinheiro”.

Tem muita gente chorando sem saber da real gravidade do doente. 

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