A turma da Direita continua sem acreditar que as vacinas aplicadas durante a pandemia do coronavírus eram 100% eficazes. A turma da Esquerda e os de centro tomaram todas as doses. Há controvérsia para os lados. E quem sou eu para dizer quem está com a razão. Tomei as doses da Janssen.
No campo jurídico, quando o assunto é política, também há divergências na assertividade dos julgamentos. No último grande acontecimento, o impeachment da presidente Dilma e sua condenação promoveram um parto político, mas um aborto jurídico.
Vez ou outra me arrisco por aqui, quando toco na mistura altamente “inflamável” da política com o judiciário. É arriscado.
Agora, temos em Alagoas um caso emblemático para ser apreciado pela Corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL). Na próxima quarta-feira haverá um novo capítulo sobre a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) proposta pelo Republicanos, em defesa do ex-deputado Nivaldo Albuquerque, contra o candidato a deputado federal João Catunda (PP). Ambos perderam a eleição, mas o grupo de Nivaldo entrou com denúncia de abuso de poder econômico e pede a anulação dos votos de Catunda. Se o TRE decidir pela anulação dos votos, o deputado Paulão (PT), que não tem nada a ver com o caso, fica sem o mandato, que passa a ser de Nivaldo Albuquerque. A ação estava sob controle, mas um vírus está causando correria no bastidor.
Entra em ação o poder paralelo, somado ao jogo de interesses múltiplos, que podem colocar, mais uma vez, a justiça eleitoral e a política de joelhos.
A Justiça, sabemos, é balizada pelo entendimento dos colegiados. Nem sempre prevalece a justiça. Isso ocorre quando a política tem interesse no caso, como acontece com a possibilidade de anulação dos votos de João Catunda, que é vereador por Maceió.
E o que está em jogo? Em tese, a punição a João Catunda. Mas caso aconteça, também atingirá Paulão. Os barões da política estão no jogo. Ao final das contas, dizem os lados, todos podem sair ganhando, mas não há garantia de nada, assim como as primeiras doses das vacinas preventivas ao coronavírus.
Se condenado, João Catunda já avisou que vai recorrer. Em Brasília o jogo é outro (mais bruto). No final das contas – é o que apurei – tudo não passa de um golpe de vingança. Só que, nem tudo é o que parece ser. Na pior das hipóteses, me disse uma fonte jurídica, Catunda terá que correr trecho para não perder o bonde de sua reeleição a vereador por Maceió.
Você pode até não entender este texto, mas Catunda, Nivaldo e Paulão sabem muito bem do que está escrito aqui. Olho no art. 30-A da Lei nº 9,504/1997. (isso não tem nada a ver com a eleição municipal em Major Izidoro)
Frase do dia: “Os melhores também erram. Assim, os efeitos da vacina certamente terão uma reação adversa (em 2026)”.
Se há quem duvide da ciência, não espero que todos confiem no que está escrito.
(82) 996302401 (Redação) - Comercial: [email protected]
© 2024 Portal AL1 - Todos os direitos reservados.