O processo eleitoral
nas eleições majoritárias é engenhoso. É pensado, estudado e seletivo. É tão complicado
montar a chapa ideal, que até os diferenciados erram.
Paralelo à montagem da chapa, dos partidos coligados, da separação dos pré-candidatos a vereador e da importância dos chamados poca urnas, existem os “analistas de plantão” (jornalista, radialista, ‘influencer’ e afins) que fazem um carnaval com a pré-campanha. A maioria dos que falam sem a menor propriedade erra por desconhecimento. Mas há um significativo percentual para a má fé.
É na convenção que se separa o joio do trigo e os palpites baseados no achismo caem por terra.
Outro erro grosseiro, mas que atrapalha por demais os momentos que definem a convenção, é o boato de favoritismo ou queda, geralmente com base em pesquisas eleitorais que, diga-se de passagem, conta-se nos dedos os institutos que utilizam metodologia adequada e os que agem com responsabilidade. Não é atoa que a mesma campanha contrate três ou quatro institutos para ter noção da realidade. Sem falar que o eleitor também está danadinho nas respostas.
O que venho aprendendo ao logo de 30 anos nessa seara:
- político vencedor também perde (mas leva vantagem);
- político que não vence, pode vencer (é azarão);
- analistas que não estão focado na campanha não sabem o que dizem ou o que dizem é por achismo ou má fé;
- confiar num instituto de pesquisa é como achar agulha em palheiro;
- que a máquina gasta sem dó (sinônimo de gasto não é investimento)
Moral da história: eleição é um jogo ao vivo, com capítulos diários, atualização de cenários a todo instante. No processo não há mocinhos, porque o sistema é bruto e todos querem ganhar (que é diferente de vencer). Essa diferença faz todo sentido no resultado da eleição.
Eleição não se define quando começa. Essa é uma das poucas verdades de qualquer campanha eleitoral.
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