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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
28/11/2017 às 21:55

Programa do PMDB indica Michel Temer candidato a presidente

Temer e o marqueteiro Eusinho Mouco, antes do programa - Foto: Divulgação PMDB Temer e o marqueteiro Eusinho Mouco, antes do programa - Foto: Divulgação PMDB

O PMDB não está morto e Michel Temer está mais vivo que nunca. Quem assistiu ao programa do maior partido do Brasil, exibido na noite desta terça-feira, percebeu que o presidente está disposto a dar a volta por cima. Alguém pode questionar se é possível Temer disputar a presidência, com chance de vitória. Não só é possível como vai acontecer.

O PMDB, assim como PT e PSDB, está desmoralizado em nível nacional. Mas na política a nuvem é mais rápida que o vento e, num piscar de olhos, o feioso Temer pode ser um príncipe, igual ao que vive no mundo de Marcela (a primeira –dama).

Em 10 minutos o PMDB (de Temer) mostrou como uma jogada pode mudar o andamento e o resultado do jogo. O programa mereceu nota 10. Foi limpo e direto. Mais parecia uma reportagem investigativa. O Temer (chamado de golpista pelos petistas) virou vítima de uma armação. O programa informou que o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, montou um esquema para derrubar o presidente. Para justificar “a armação” o programa exibiu uma gravação onde o empresário Joesley Batista e o diretor do Grupo JBS, Ricardo Saud, foram desmascarados numa gravação telefônica.

Certamente o Brasil vai acordar nesta quarta-feira imaginando ter visto um filme onde o “bandido” NA VERDADE é o “mocinho”. Coisas do fantástico mundo da política.  

Suposições a parte, o programa do PMDB mostrou que a ala majoritária já tem um candidato e ele se chama Michel Temer, o presidente das reformas que o Brasil precisa para seguir em frente (disse o filme).

Para mostrar que quem manda e comanda o PMDB é Temer, dos caciques apareceram em rede nacional apenas o senador Romero Jucá, presidente do partido e amigo de primeira ordem de Temer, o presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira, e a ex-petista Marta Suplicy.

Coadjuvantes em cena
No quinto mandato como prefeita de Boa Vista, capital do Acre, Teresa Surita falou de superação e que a aprovação popular nunca lhe poupou das barreiras impostas e que muitas vezes teve que enfrentar a dor da injustiça, numa alusão ao momento atual e futuro para Michel Temer.

Fátima Pelaes, presidente do PMDB Mulher chamou a turma da JBS e os petistas de trapaceiros e trapalhões.  

Já o ator Carlos Vereza disse que seria massacrado pelo que falaria, citou alguns avanços no atual governo e disse que política é a arte do possível. "Eu só topo tirar o temer se for para botar São Tomaz de Aquino".   

O programa do PMDB mostrou um Brasil que anda e ainda ousou em fazer um comparativo com os números do governo Dilma. No quadro PARE E COMPARE o PMDB mostrou que o Brasil avança e não pode parar.

Frases de efeito
Antes da aparição do presidente o texto levantou a bola para o gol de Temer. “Tentaram derrubar o presidente, mas o Brasil está de pé”.

O presidente foi seguro e usou apenas 30 segundos: “Ter a honra atacada dói, dóis bastante, mas não se compara a dor do desemprego, da sobrevivência e da injustiça social. A injustiça social dói em tudo. Dói na saúde, na educação, na falta de oportunidades. Dói agora e dó depois. As mudanças que estamos fazendo têm um único objetivo, diminuir com a desigualdade para acabar com essa dor. E vamos seguir em frente, com muita convicção, porque agora é avançar".

No final a narrativa alerta: Temer, o presidente certo, na hora certa.

É política. As nuvens vão e vêm, assim como a roda-gigante sobe e desce. Quem sabe Temer pega uma nova carona, na onda do cometa.

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