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Maceió/Al, 10 de outubro de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
30/08/2024 às 08:38

Quem lembra? Não era previsão, é realidade

No dia 2 de março deste ano publiquei aqui, em primeira mão, que Rafael Brito foi o nome escolhido pelos Renan´s para enfrentar JHC. Optei por dar ênfase naquilo que acreditava, naquele momento. “MDB decide seu candidato, mas o desafio de Rafael Brito será superar Lobão ”. Escrevi em 2 de março, senhoras e senhores.180 dias depois, os números da pesquisa Quaest, encomendada pela TV Gazeta de Alagoas, confirmam que o desafio está acirrado, com Rafael e Lobão empatados com 4% da intenção de votos.

Tenho falado por aqui que escrever sobre política (com responsabilidade) é complicado, porque em nenhum outro estado da federação a canalhice política supera os devaneios praticados em Alagoas.

Sabe-se, porém, que não existe eleição ganha, assim como não há eleição perdida. Mas é prudente lembrar que pau que nasce torto nunca se endireita. O pau torto deste processo eleitoral da capital tem nome e sobrenome: Rafael Brito. Coringa com bom desempenho por onde foi escalado, ele foi o escolhido para a Missão Impossível 9A reconquista do território perdido. São 36 anos de seguidas derrotas na capital, desde que Guilherme Palmeira venceu Renan, em 1988. Rafael Brito é um soldado e merece o respeito por ter aceitado o combate.  

Relembrando o que escrevi em 2 de março: O eleitorado da capital, rebelde desde os anos 80, sabe que, no frigir dos ovos, quando a carnificina eleitoral começar, será todos contra um. Difícil, neste caso, é digerir resultado ruim. Há muitos exemplos.

O deputado federal Rafael Brito é um bom nome, fez um trabalho destacável como secretário estadual da Educação e tem circulado com facilidade em Brasília. Será um candidato com missão definida, mas vou deixar registrado aqui que seu principal desafio é ter mais votos que Lobão. Não... não é piada. As urnas também punem. (E, aí, não há graça que faça graça).

Também já publiquei aqui que o desafio de JHC, dono de 74% das intenções na mesma pesquisa Quaest, é bater os 81,49% de Cícero Almeida, em 2008. Vale lembrar que naquela eleição o governador Teotonio Vilela Filho escalou Solange Jurema para a mesma missão e ela ficou em terceiro, com apenas 6,07% dos votos. O Lobão da época, escalado pelo PT, foi Judson Cabral, que ficou em segundo, com 10,69% dos votos.

A prática das missões é antiga e se tem um grupo desorganizado, que não se engana, esse grupo tem nome e sobrenome: Eleitor de Alagoas. E por que desorganizado? Porque se vende fácil demais. Esse é o risco que todos correm.

Dica do dia: O preço para mudar o que está dando certo é muito mais caro e nem todos estão dispostos a pagar.

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