Lembrando o que tenho dito aqui, há algum tempo:
A percepção das pessoas “comuns” – aquelas que não se interessam tanto por política – vem mudando. É um processo lento, que explodiu na campanha de Bolsonaro à Presidência da República, em 2018.
A opção de milhões de brasileiros pelo deputado federal inexpressivo do Rio de Janeiro se deu (é unânime entre os especialistas no assunto) com a participação do povo nas ruas, motivada por uma série de protestos, os desdobramentos da operação Lava Jato e o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que foi determinante para a virada de mesa.
O mecanismo estava em choque e Bolsonaro era o nome que se apresentava como antissistema. Ele venceu e foram 4 anos de turbulência, com o presidente da República num ringue aberto com parte da imprensa e ministros do Supremo Tribunal Federal, principalmente o polêmico ministro Alexandre de Moraes.
O sistema foi bruto (até demais), Bolsonaro virou alvo e o país voltou para o comando de Lula, que tem posicionamento antagônico ao do ex-presidente. Agora, mesmo sem pandemia, em lua de mel com a imprensa e sem crise com o STF, o governo Lula não agrada à maioria dos brasileiros. Bolsonaro está inelegível e a direita só tem duas saídas para ter condições de um novo embate. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não demonstra interesse (pelo menos publicamente) para disputar a presidência em 2026 e a grande interrogação terá resposta em 6 de outubro, caso Pablo Marçal vença a eleição para a Prefeitura de São Paulo.
Em Alagoas, nos dois maiores colégios eleitorais, JHC e Luciano Barbosa têm os respectivos governos com avaliação popular acima dos 70%. Nas duas cidades, os opositores apostam na proposta de mudança. Os tempos são outros e o povo está presente nas decisões. Se o governo está ruim a mudança acontecerá. Mas se estiver bem avaliado só se o sistema agir com força máxima.
Quer uma dica? Veja quem são e como estão agindo os fiadores das oposições onde os prefeitos estão bem avaliados. Há novos personagens na política de Alagoas (ótimo para a Democracia).
O povo acordou. Cabe aos escolhidos não decepcionar. Esta análise serve para reeleição, porque quem indica é o povo. ESSA É A GRANDE DIFERENÇA DE TER O POVO ACORDADO E CONECTADO
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