Não leve a sério o que dizem os analistas de boteco, os cientistas de senadinhos, nem os generais que não têm experiência sobre o que acontece no campo de batalha. Já os missionários da guerra, estes sim, devem ser observados, porque servem para dar dicas de que algo está acontecendo.
Livros como As 48 Leis do Poder (Robert Greene) e a Arte da Guerra (Sun Tzu) e o Príncipe (Maquiavel) são objetos indispensáveis na cabeceira da cama dos políticos que projetam o próprio futuro.
Talvez você não saiba, mas o pesadelo de um político que pensa e age para seguir na carreira não é ser investigado, ser indicado, condenado ou preso. O grande vilão da política é a derrota. Político sem mandato tem o mesmo valor de um cavalo manco.
Assim, sendo um pouco de cada ator acima citado, discordo dos analistas de boteco, dos cientistas de senadinhos e dos generais que fogem do campo de batalha, quando projetam o deputado estadual Bruno Toledo rumo ao Tribunal de Contas do Estado (sua missão é muito mais importante para o grupo – e ele é de grupo). Também é improvável que Arthur Lira incorpore o personagem vaqueiro louco para disputar uma das vagas ao Senado. Ora... se o neófito Alfredo Gaspar de Mendonça compreendeu que, para não colocar em risco o mandato e a aposentadoria por tempo de serviço, o caminho é permanecer na Câmara Federal, duvido que Renan Filho, chamado em Brasília de Google Queniano, tente resetar sua trajetória para disputar o Governo de Alagoas. É possível, porque trata-se de um Leão em nova fase de vida pública. Diferente do pai, ele prefere ficar na história com o legado de ser o político que interligou três estados (Alagoas a Pernambuco, via BR-104, a partir de Messias e a Sergipe, através da BR-349AL/SE, com a ponte interligando Neópolis a Penedo, impulsionando o turismo no Baixo São Francisco e toda região Sul do Estado, de conseguir federalizar a AL-101 Sul, para que Coruripe seja o novo oásis dos investidores - projetos em andamento). Em Brasília, Renan Filho tem o que não tem em Maceió, Arapiraca, Rio Largo e Marechal Deodoro (o reconhecimento pelo que fez e está fazendo).
Também duvido que JHC, em ascensão política, arrisque além do recomendado (não pelos analistas de boteco, nem pelos cientistas de senadinho ou pelos generais do blá, blá, blá). A política nacional está entrando em outro patamar. É preciso muito mais que conectividade e disposição, é necessário cumprir o que está combinado dentro de cada grupo e se aproximar do eleitor, cada vez mais interativo com a política. Se Renan Filho decidir disputar o Governo é preciso de mais tempo para analisar. Se permanecer como ministro da linha de frente de Lula, JHC terá a mesma facilidade da eleição em Maceió.
Renan Filho não quer, mas tende a disputar o Governo (é solo ou de grupo?)
JHC quer, mas... (é solo ou de grupo?)
Em tempo: Em Brasília chamam Renan Filho de Google pela capacidade (que ele acredita ter, de saber de tudo (sic) e pelo novo hobby (correr maratonas). Um cabra com esse perfil é capaz de tudo (essa é a questão). Conectado e Veloz é como rotulam JHC. Um cabra com esse perfil é capaz de tudo (essa é a questão)
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