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Maceió/Al, 28 de março de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
12/06/2016 às 21:02

Rui, Cícero ou JHC; quem tem o telhado de vidro mais sensível?

A campanha eleitoral, que a partir deste ano terá apenas 45 dias, oficialmente será assim, talvez fique mais interessante pelo estilo de dois protagonistas: os deputados federais JHC (PSB) e Cícero Almeida (PMDB), ambos de pavio curto, devem polarizar os debates com o prefeito Rui Palmeira (PSDB), mas comedido, pelo menos nos discursos.

Cícero Almeida, que está na relação de indiciados na Operação Taturana e no escândalo da ‘Máfia do Lixo’, ações que responde quando ocupou os cargos de deputado estadual e prefeito de Maceió (dois mandatos) é quem, em princípio, começa em desvantagem.

JHC, depois de passar quatro anos batendo forte na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, comandada pelo hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Fernando Toledo, foi eleito o deputado federal mais votado em Alagoas, com 135.929 votos, nas eleições de 2014. Prestes a completar 29 anos, ele vai testar sua popularidade nas urnas e enfrentar seu primeiro teste de idoneidade moral.  Pelo menos até agora pesa contra ele - que é filho do polêmico ex-prefeito por Ibateguara, deputado estadual e deputado federal João Caldas -, apenas a denúncia de enriquecimento super-sônico, que veio a público com as indagações feitas pelo jornalista Chico Góis, em seu livro Os Ben$ que os políticos fazem. Nele o jornalista diz que JHC tem que se explicar como conseguiu dobrar seu patrimônio em apenas seis anos de mandato, passando de R$ 1,5 milhão para pouco mais de R$ 3 milhões, segundo a declaração do parlamentar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL).

Rui Palmeira, que tem um estilo bem mais tranquilo que os adversários citados acima, também será sabatinado. Depois de um mandato atuante como deputado estadual, foi eleito deputado federal e, dois anos depois, chegou à Prefeitura de Maceió, onde enfrentou algumas greves de servidores, mas sem um escândalo de destaque, que o coloque como réu. Rui terá pela frente Cícero, que geralmente pensa depois que fala, e JHC, seu ex-aliado político e também de temperamento explosivo. Será que o serviço de inteligência de Cícero e JHC descobrirá algo que coloque Rui na mesma vala da maioria dos políticos com mandato em Alagoas?

Para quem não sabe a campanha eleitoral só estará autorizada a partir de 16 de agosto, mas a pré-campanha está a todo vapor. Por enquanto os grupos políticos buscam apoios e, claro, informações negativas que sirvam de munição para desqualificar o outro. Por isso, fica a pergunta:  Rui, Cícero ou JHC; quem tem o telhado de vidro mais sensível?

Este espaço será sempre aberto e democrático. Como deve ser. Um forte abraço.

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