A Assembleia Legislativa de Alagoas é um dos
parlamentos mais desmoralizados do país. Sem juízo de valor ou pré-julgamento,
a base da citação está na série de escândalos, com indiciamentos e condenações
de dezenas de parlamentares, desde sempre.
Dos anos 90 aos dias de hoje poucos ousaram em ser oposição ao governador do momento. Paulão, quando o PT sonhava com Lula presidente, era a voz do povo. Com Lula no comando da nação ele pulou o degrau para a Câmara Federal e deixou Judson Cabral contrariando os 8 anos de Teotonio Vilela.
Ao lado de Judson, só que favorável ao governo, surgiu Rui Palmeira, que sem elevar o tom fez um mandato que agradou e o levou à Prefeitura de Maceió.
Rui ousou e virou prefeito (reeleito); Judson se acomodou, permitiu a entrada de estranhos no ninho e ficou sem mandato após duas décadas de vida pública.
Eis que surge JHC e a Assembleia virou uma bomba relógio. Contra a tudo e todos os colegas de bancada o discurso do novato ecoou e ele também subiu à Câmara Federal.
Na legislatura atual apenas dois nomes da nova geração se destacam no discurso e posicionamento contrário ao governo de Renan Filho. Ainda não é oficial, mas os dois também estão arrumando as malas para deixar a Casa dos escândalos. Rodrigo Cunha mudou o foco de federal e está mais para candidato ao governo, que ao Senado. O outro é Bruno Toledo, que dormiu presidente do Poder Legislativo e só não chegou lá porque faltou justamente o voto do colega Rodrigo.
O fato é que a dupla, mesmo em primeiro mandato, mostrou que tem potencial para ir mais longe. A diferença que os separa não está no querer, mas no confiar. Com a reeleição bem encaminhada podem ousar como Paulão, Rui e JHC ou esperar o trem passar, como optou Judson Cabral.
A mudança de perfil e status político para a dupla custa apenas uma dose de ousadia.
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