Os institutos de pesquisas eram claros e unânimes, durante o
processo eleitoral do ano passado, quanto à tendência de mudança, até certo
ponto radical nas urnas. A eleição de Bolsonaro no primeiro turno foi a
confirmação de que o eleitorado estava faminto por autenticidade. Talvez por
isso, metade do Senado e da Câmara Federal esteja com novatos.
Só que o eleitor que votou nos “novos” esperava mais da maioria de sua bancada. O melhor exemplo em Alagoas foi a vitória do então deputado estadual Rodrigo Cunha, desbancando dois senadores com décadas em Brasília e um ex-ministro de Estado bem avaliado.
Mas, o apolitismo popular (falei aqui na semana passada) provoca a ruptura entre o querer a mudança e o saber o que está acontecendo.
Para Rodrigo Cunha dois exemplos deixam claro o distanciamento do candidato ao Senado, com o senador no exercício do mandato.
No primeiro foi ele não pedir a opinião do eleitor sobre seu voto na questão do decreto das armas. Foi uma decisão dele e muitos eleitores (percentual desconhecido) caíram em cima, o chamando de traidor. Se tivesse ouvido seu eleitorado poderia ter o argumento de que ouviu as ruas.
O segundo é sua ausência na agenda estadual. Se não fosse a providencial audiência pública sobre o Pinheiro ele estaria, literalmente, sumido da pauta Alagoas.
Rodrigo prometeu ser diferente de Renan e Collor, mas não era para ser diferente assim. Por enquanto, está claro que ele não tem estratégia. Daí, o procedimento é seguir parte do roteiro da campanha, com pautas universais. Na mais recente, sobre “stalkear”, foi bombardeado na sua conta pelo Facebook.
Detalhe: A lei defendida por Rodrigo é inconstitucional. Já existe lei tipificada no Código Penal para perseguição. Stalkear é, tão somente, perseguição no meio virtual.
Veja a postagem e a
resposta do eleitorado “dele”.
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