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Maceió/Al, 27 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
25/10/2016 às 08:24

Cícero Almeida será derrotado pelo critério da exclusão

No próximo domingo o eleitor maceioense volta às urnas para eleger o próximo ou o mesmo prefeito para a Capital de Alagoas. Cícero e Rui têm perfis extremamente diferentes. Há quem diga que é o discurso do velho contra o novo. Não vejo por esse lado. Há pontos muito comuns na gestão de ambos.

Rui é comedido; Cícero estourado.
Rui fala pouco; Cícero é quem fala.

Não há como negar que os dois fizeram bastante em suas administrações. Eles também prometeram muito e fizeram bem menos do que o planejado.

Cícero teve 8 anos; Rui está completando 4. Cícero usou e abusou do concreto, muitas vezes sem esgotamento e saneamento. Rui usa o discurso de uma nova Maceió, apostando na qualidade de vida e realizações visíveis aos olhos da população.

Mas eles têm muito em comum no critério PROMESSA = a REALIZAÇÕES.

Em oito anos Cícero não fez 1/3 do que prometeu na campanha. Nem no concreto, onde prometeu calçar 100% das ruas da capital, chegou perto. Saúde e Assistência Social foram desastrosas.

Já Rui, em 4 anos, também fará muito menos do que o prometido. A Saúde pública continua uma lástima. As línguas negras na orla continuam uma vergonha.

Saúde, Assistência Social e línguas negras foram promessas de ambos os candidatos. Cito apenas estes três casos para ilustrar que há muita distância entre a promessa e a realização.

Rui e Cícero chegam à reta final desta eleição em situações bem diferentes. Em 2012 Rui venceu no primeiro turno e, agora, precisa do segundo turno. Cícero sofreu uma derrota pessoal em 2014 e, agora, pelos números dos institutos de pesquisa, pode terminar o pleito do próximo domingo como coadjuvante.

Avalio, pelo que tenho ouvido – quando pergunto ou o assunto entra na pauta – que a diferença de mais de 25 pontos de Rui está relacionada – basicamente – na opção EXCLUSÃO. Cícero, mesmo com o apoio do governador não conseguiu tocar a bola com Galba Novaes, por exemplo. Optou por ser o protagonista de si mesmo. Foi Cícero quem trouxe o marqueteiro do primeiro turno. Escolheu alguém que não conhecia a realidade de Maceió. Foi Cícero quem resolveu partir para os ataques – logo ele que responde a processos, inclusive com condenação na Justiça.

Cícero não só deixou de passar a bola, como pisou feio na redonda, que caiu macia no peito de Rui. O tucano colocou no chão, olhou para os lados e comandou o olé, até que o Velho Cícero cansasse.

A campanha de Cícero chegou ao ridículo ao colocar o próprio Rui – em forma de Boneco Rei – para falar no espaço destinado a ele. Cícero lembrou tanto de Rui que estará sendo excluído, não derrotado.

Se Rui vencer – é o que está encaminhado – e for candidato a governador em 2018, terá Renan Filho pela frente. Não sei se será um clássico, porque tanto o prefeito quanto o governador prometeram demais e a prestação de contas pelas obras realizadas será o grande X da eleição.

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