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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
27/10/2016 às 07:34

Equilíbrio fiscal de Alagoas é um bem que não faz barulho

Certamente você já ouviu falar em Confúcio. Nascido cerca de 550 anos antes de Cristo ele é, ainda, o mais influente filósofo chinês. Os adeptos de Confúcio estão espalhados por vários países e estima-se em mais de 400 milhões o número dos seus seguidores.

O maior pensador chinês de todos os tempos deixou, além de ensinamentos, frases que parecem ter sido criadas ontem. Uma delas, que gosto bastante, diz: “O bem não faz barulho”. À primeira vez que ouvi, saindo do nobre jornalista Arnaldo Jabor, confesso que não entendi. Procurei conhecer mais sobre Confúcio e, não só entendi o significado, como me transformei num dos seguidores – com menos estudo, é claro.

Pois bem. Usei uma das frases de Confúncio na manchete deste post porque não houve absolutamente nenhum barulho sobre o equilíbrio fiscal de Alagoas, num dos momentos mais tensos da economia brasileira. Nosso Estado não só saltou duas posições, saindo da nota D-, calculada em 2014, para a nota C-, como foi, ao lado de Mato Grosso do Sul e Paraná, os únicos estados que conseguiram melhorar suas avaliações.

Estamos melhores, mais organizados e mais sólidos no ajuste fiscal que Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, por exemplo. E estamos no mesmo patamar de organização de São Paulo. Impensável.

Agora, imagine se o competente secretário da Fazenda, George Santoro, anunciasse que, “devido à crise o Estado de Alagoas não terá como pagar o 13o salário dos servidores”. Não vou nem me estender; seria um desastre para a gestão e imagem do governador Renan Filho, que apostou praticamente tudo, nesses dois anos de mandato, justamente no arrocho fiscal para garantir a governabilidade.

Tecnicamente o secretário George Santoro defendeu que o resultado reflete o esforço desenvolvido desde 2015 para organizar as contas estaduais e garantir maiores condições de desenvolvimento e investimento para Alagoas. “O Estado estava em absoluto desequilíbrio de suas contas, próximo da insolvência. Estamos arrumando a casa, aperfeiçoando nossa gestão orçamentária e financeira, corrigindo e atualizando nossa legislação tributária e modernizando nossos procedimentos de fiscalização para reverter a letargia na arrecadação e sair da difícil situação constatada inicialmente”.

Mas não foi só arrocho, o Estado ampliou a fiscalização, investiu em tecnologia, capacitou seu corpo técnico e, claro, arrecadou mais do que gastou.

Tímido em sua defesa, Santoro faz um bem absolutamente sem barulho. Não seria assim, se o Estado deixasse de pagar só o 13o. Ele seria taxado de secretário forasteiro (ele é do Rio de Janeiro), que não teria dado certo por lá e seria mais um, dos tantos que por aqui já passaram, que vieram curtir uns dias de férias no paraíso chamado Alagoas.

Por enquanto, Alagoas passou de quebrado a extremamente viável. Economicamente falando.

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