Não. Eles
não são os filhos da revolução. Tampouco, jovens com histórico para estar onde
estão. Mas bastou que assentassem nas mal-assombradas cadeiras da Assembleia
Legislativa para que se transformassem em super-heróis dispostos a pegar o
vilão (deles). E sabe quem é o peça-ruim (para eles)? O governador Renan Filho.
Digo para eles porque os institutos de pesquisas colocam o governador com
aprovação na casa dos 70%.
Falo de Bruno Toledo, Davi Davino, Cibele Moura e Davi Maia. Os dois primeiros estão no segundo mandato e já acostumados com o modus operandi na Casa de Tavares Bastos. Já Cibele e Davi Maia pegaram o bonde da oposição e surpreendem até os pais. Ela é filha do ex-prefeito de Paripueira, Abrãao Moura; ele, de Marcelo Lima, no quinto mandato como prefeito de Quebrangulo. O que os pais têm em comum, além dos herdeiros na política, é o laço político com os líderes do MDB no Estado. A relação é tão estreita que Abraão foi um dos responsáveis por Rui Palmeira não disputar o governo contra Renan Filho. Marcelo Lima, que sonha há anos comandar a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), atendeu pedido pessoal de Renan para que Hugo Wandeley fosse aclamado.
Claro que a birra dos filhos, com Renan Filho, não é por isso. Pouca gente sabe, mas essa onda de oposição da turma da chamada nova política, na ALE, começou com Rui Palmeira no governo do também tucano Teotonio Vilela. Só que de maneira diferente: enquanto a Casa “pegava fogo”, Rui usava e abusava de ações sociais. Ganhou carimbo de bom moço e virou o Cara é Bom, nas eleições de 2012.
O segundo “novo” foi JHC, que colocou a ALE de cabeça para baixo e nas páginas policiais de jornais, sites e tvs do país.
Rodrigo Cunha foi o terceiro, mas adotando um perfil diferente. Deputado mais presente da legislatura, fez concurso para cargos comissionados, projetos de lei interessantes e sua caravana percorreu a capital e interior. Rodrigo foi uma espécie de oposição qualificada.
Agora, com o reforço e experiência de Davi Davino e Bruno Toledo, Cibele Moura e Davi Maia representam um pouco do que fizeram Rui Palmeira, JHC e Rodrigo Cunha. A diferença é que o foco deles passa anos luz da ALE para acertar o Palácio República dos Palmares.
Ao simbolizar um cheque sem fundos do Governo de Alagoas para os municípios premiados no Escola 10, contando com o apoio de colegas experientes da Casa, Davi Maia confirma que a ALE está mudada (porém, ainda não transformada).
Que a nova política realmente confirme uma mudança de paradigmas, mesmo que seja contrariando os interesses dos próprios pais.
Foquei nos novatos, mas o destaque da oposição está valendo para Bruno Toledo e Davi Davino.
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