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Maceió/Al, 21 de dezembro de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
23/12/2019 às 07:45

A imprevisibilidade política nunca esteve tão presente

A convergência de tecnologias e a hiperconectividade estão mudando a regra do jogo político. Os primeiros resultados confirmam que a média de acerto das previsões de um pleito ao outro, no geral, já assusta políticos sem resultados efetivos e seus investidores já não estão tão dispostos a investir no mandato.

Pessoas com mais de 30 anos, independente de terem envolvimento político, vão lembrar que a chegada de um deputado no bairro ou numa cidade qualquer, era o assunto do dia, isso numa época sem redes sociais.

Sabe quem tá aí, o deputado fulano de tal”.

O prefeito tá com prestígio, o senador beltrano vai almoçar na casa dele”.

Cicrano perde essa eleição nem a pau. O governador mandou avisar que tá vindo na sexta-feira. Oxe... depois que ele disser que quem é o melhor prá nós  é o (Zé Mané – nome fictício), duvido ele perder a eleição.

Central de atendimento
Naquela época (há 10 anos) os “ditos” líderes tinham como ponto alto do encontro o almoço na casa do prefeito ou do líder da oposição. Lá, era uma espécie de central de atendimento, onde o anfitrião bancava a mesa farta, com comida e cerveja para vereadores e 20 dúzias de puxa-sacos. Geralmente, por regra, a visita era um evento sem nenhum resultado efetivo, mas gerava assunto para um mês.

O que defendo, de maneira transparente, é que o jeito antigo já não funciona mais como antes. Essas mudanças atingem diretamente aos políticos e investidores que não tiveram o reposicionamento para as mudanças em andamento.

Por fim, foi-se no tempo em que o marqueteiro era a peça mais importante da campanha eleitoral. Com a convergência de tecnologias e a hiperconectividade está claro que os eleitores nunca (em regra) estiveram nem aí para os produtos (candidatos).

O - lado bom do mundo digital trouxe mais informações e a verdade dos fatos atingiu certeiramente o imaginário do eleitor, principal responsável pelo processo de transformação que certamente renovará o quadro político de Alagoas. Renovar não significa colocar novos personagens, mas tirar do jogo os que não cumprem a missão de tirar Alagoas do fundo do poço.

Vale dizer que os “velhos de hoje”, são os jovens de ontem. Antes de ajudar a criar novos lobos, ajude a caçá-los a partir de 2020, depois 2022 e pleitos seguintes...

Para os que pensam e acreditam na mudança, é hora de praticar. Uma ideia sem execução não é nada. Assim como execução sem planejamento tem o mesmo efeito que um voo de galinha.

Ou seja: só pular de galho não resolve

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