Jair Bolsonaro e Arthur Lira estão on, full time. Esqueçam
qualquer possibilidade de “rachadinha” na parceria dos presidentes.
O discurso de Arthur Lira, após a reunião desta quarta-feira, com os chefes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário teve como pano de fundo o alerta geral, de sinal amarelo mesmo, como disse o Presidente da Câmara. Afinal, quem no país está nos braços do povo pelas iniciativas de enfrentamento à pandemia? Quem? Quem?
O recorde de mortes, o número assustador de casos diários, as novas variantes, a falta de vacina, os decretos estaduais, o desrespeito de grande parcela do povo brasileiro, os excessos do STF, a imprecisão de Bolsonaro e a questionável atuação do chanceler Ernesto Araújo em relação a aquisição de vacinas contra a covid-19 formam um pavio de pólvora que só não explodirá se Arthur realmente colocar prática o que disse, sem dar nomes aos culpados.
"Eu aqui não estou fulanizando. Dirijo-me a todos que conduzem os órgãos diretamente envolvidos no combate à pandemia — o Executivo federal, os executivos estaduais e os milhares de executivos municipais também”, disse o presidente da Câmara.
Arthur Lira foi claro ao tirar de Bolsonaro a culpa pelo que está acontecendo: "Quero deixar claro que não ficaremos alienados aqui, votando matérias teóricas como se o mundo real fosse apenas algo que existisse no noticiário. Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o país se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a serem praticados".
Quem não errou nesta pandemia que atire a primeira pedra. Arthur Lira foi cirúrgico ao ligar a sirene do pânico para os chefes dos poderes, governadores e prefeitos. "Quero deixar claro que não ficaremos alienados aqui, votando matérias teóricas como se o mundo real fosse apenas algo que existisse no noticiário. Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o país se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a serem praticados".
Sem crise entre os presidentes. Mas sem perspectivas de boas notícias.
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