Como
cidadão não concordo com o posicionamento do Sindicato dos
Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), que anuncia greve a partir
desta sexta-feira, 24, às vésperas do Carnaval.
Sou a favor do direito de mobilização e que lutem pelo melhor à categoria. Se o Estado não está cumprindo com o que determina a lei, se há perdas, carência de investimentos, atraso nos salários e gratificações, que façam campanha contra o governador, que procurem a imprensa e se pronunciem sobre a real situação.
Agora, aproveitar o carnaval para fazer greve e encurralar o cidadão, justamente quando as famílias se organizam para “brincar” na folia de momo, entendo como um erro estratégico, justamente da polícia que trabalha com a inteligência.
Há mil maneiras de fazer Neston (os com mais de 40 anos devem lembrar da campanha da Nestlé). Também há maneiras de cobrar os seus direitos. Defendo que o Sindpol chame a atenção da população e não que vire as costas no período de maior animação e de imensa vulnerabilidade.
Se Alagoas ainda não é a terra dos nossos sonhos, mas deixou de ser o Estado que envergonha. Os policiais sabem disso. O momento é de ajuste fiscal rígido, porém essencial para manter a governabilidade.
Sobre segurança pública estamos fora da rota de massacres no sistema carcerário e deixamos de morar no Estado mais violento do País.
Numa breve defesa à política de segurança do Governo de Alagoas é preciso que se faça justiça aos esforços que garantiram a construção de novos presídios, dos Centros Integrados de Segurança Pública (Cisp) e uma série de outros investimentos que têm gerado a redução da violência.
Os policiais civis têm todo direito de reivindicar e cobrar, mas não têm o direito de deixar o cidadão descoberto, justamente quando ele mais precisa.
Que haja o consenso. Que os direitos sejam garantidos, mas que a população não perca o seu direito de ir e vir, com o mínimo de segurança.
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