Há algum tempo publiquei que não havia indicativo de terceira via para o governo de Alagoas. Não naquele momento, mas com a mudança de estação do ano a nuvem política se movimentou e, no calor do verão, com as chuvas passageiras, o cenário criou novas possibilidades, como a aliança do PSD com o PROS, por exemplo. É por aí que são montados outros trajetos até as urnas.
Nesta quarta-feira o ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSD), recebeu em seu escritório político o presidente do PROS, Marçal Fortes. Pauta única na mesa: sucessão estadual e montagem das chapas proporcionais.
O PROS, que fez valer o acordo da tríplice aliança de alternância no comando, com Cícero Amélio, Adeilson Bezerra e agora Marçal, trabalha para eleger pelo menos três estaduais e um federal. Há quem duvide e há que aposte ALTO que sim. No caso de Rui, a proporcional faz parte do jogo, mas só embalará quando ele assumir a presidência do partido e definir seu rumo (governador ou federal).
Na conversa de hoje tira-se uma lição e um alerta.
A lição: o timing, a palavra, a confiança e a decisão são fatores determinantes para o êxito da missão.
O alerta: quem não respeita o tempo certo, quem não confia e quem não se decide abre espaço para um novo cenário. E como em política não há vazio, eis que Rui, que não precisa de mandato para seguir sua vida, pode surpreender. Ele, em tese, tem o mesmo eleitorado de Rodrigo Cunha (PSDB), que lidera em todas as pesquisas (sem registro no TRE) divulgadas até 31 de dezembro. Como não é segredo, o eleitor de Rodrigo se apresenta declaradamente magoado com o seu mandato. Em tese, Rui, se candidato ao governo for, atinge primeiro seu ex-companheiro de partido.
E o PROS? Por enquanto com papel secundário nas arrumações, segue cumprindo o script de garantir representantes na Câmara e Assembleia Legislativa.
Lembrando que não há mais coligação.
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