O mundo fantástico da política é um
espetáculo – de tudo. O presidente Michel Temer, com
cadeira cativa na Câmara Federal, representando São Paulo, disse
que jamais pensou em ser presidente do Brasil. Não interessa as
circunstâncias, ele é o presidente.
Em Alagoas Renan Filho disse, durante toda campanha eleitoral, que passou a vida se preparando para ser governador de Alagoas. Aí está.
Mas ninguém, em sã consciência – se é que existe na política – sonhou com a possibilidade de ser vice. Pois é, nas eleições de 2018 a vaga mais cobiçada já é, acredite, a vaga de vice-governador na chapa de Renan Filho. Não é campanha antecipada, é sobrevivência ou oportunidade política.
Citarei apenas dois exemplos de oportunidade: o engenheiro Luís Abílio, com Ronaldo Lessa e o médico José Wanderley Neto, com Teotonio Vilela. José Thomaz Nono, na reeleição de Teotonio e Luciano Barbosa, no governo atual, representam a sobrevivência política.
Para 2018, pelo desenhar do cenário, tudo pode acontecer. Dentro do PMDB tem o fogo-amigo torcendo pelo tropeço de Renan Calheiros, lá por Brasília. Soma-se a isso a torcida da oposição, que já sabe: só terá disputa se o líder do PMDB cair.
Esta é a mesma lógica para a possível candidatura de Rui ao Governo. Bem avaliado em Maceió ele sabe que só terá chance com o mesmo tropeço de Renan Calheiros.
Partindo para o cenário da normalidade, com Renan Calheiros candidato ao Senado, os Renan's terão pela frente uma vasta lista de concorrentes à suplência, no Senado, e a maior da história, que será pela vaga de vice-governador.
Como nem tudo é lua-de-mel, esse paradisíaco cenário para os Calheiros só terá um agravante se o melhor nome não for escolhido para a cadeira ocupada por Luciano Barbosa. Por mais que o vice-governador e secretário de Estado da Educação não queira falar, seu caminho natural, pela sobrevivência política, será recuperar o espaço perdido em Arapiraca.
Os Calheiros conhecem como poucos – em Alagoas conhecem como ninguém – o caminho das pedras.
Se para o senador Renan Calheiros resolver o impossível é tarefa fácil, imagine fazer o dever de casa.
Só para justificar, nomes que despontam para o Senado e até para o governo já trabalham intensamente pela vaga de vice. Tudo porque estão dando o passo maior que as pernas. Outros, menos ousados e com potencial, já mudaram de lado. Por que será?
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