Paulo Dantas é
o imponderável governador de Alagoas. Venceu uma eleição que nem ele mesmo
acreditava, quando seu nome foi lançado. Tamanha era a desconfiança que chegou
a ouvir do colega de parlamento, Davi Maia, que não votaria nele porque não
ganharia a eleição. Paulo venceu e Davi perdeu.
Renan Filho iniciou o processo eleitoral como um dos avalistas de Paulo. Mas vencer o inexpressivo Davi Davino Filho com apenas 56,92% dos votos válidos, percentual bem menor que os 77,3% de sua reeleição ao Governo de Alagoas, ligaram o sinal de alerta para o jovem senador, que venceu por méritos, mas distante do que imaginava. Perder em Maceió foi imponderável para Renan Filho, tamanho o volume de realizações do Estado na capital.
Rodrigo Cunha, Fernando Collor e Rui Palmeira foram os maiores derrotados nas urnas. Rodrigo pelo volume de apoio que recebeu. Collor pela ausência de Bolsonaro em seu palanque, que o fez terminar sua vitoriosa jornada fora do segundo turno. Rui, com uma estrutura de campanha medíocre, começou liderando e terminou como quarto colocado no geral e na capital. Deles, apenas Rodrigo tem vida política garantida até 2026, mas não será fácil a cicatrização das feridas das urnas. Tchau, Collor! Não precisava ter sido assim.
Arthur Lira, deputado federal mais votado da história de Alagoas, e Marcelo Victor, mentor da campanha de Paulo e responsável direto pela reeleição da maioria dos deputados estaduais e do federal Luciano Amaral, terminaram o processo eleitoral vitoriosos nas urnas, mas bastante feridos. Comandar uma guerra como a que os alagoanos acabaram de assistir tem seus sacrifícios.
JHC, que às 2h30 desta madrugada foi acordado (ele, a família, os vizinhos e eu) aos gritos pela turma da vitória nas urnas, que berravam de um trio-elétrico, teve uma sequência de derrotas que também deixarão sequelas e difícil cicatrização até 2024. Um dos segredos da política é que cada eleição revela novos cenários.
Para não dizer que não falei das flores, “Mestre Renan” tem dia e hora marcada para voltar ao alto clero da política nacional. Sofreu a solidão como um condenado, mas está de pé. As disputas em Alagoas foram seu providencial aperitivo. Enfrentar Arthur Lira foi fácil e era o que ele precisava para preparar seu retorno ao Senado, agora ao lado do filho “RF” e com a bênção de Lula, que lhe deve muito.
Feridas cicatrizadas deixam marcas e aprendizado.
DISSE O PENSADOR:
“Os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca”.
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