A saúde no HGE, a caça e o caçador

Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

28/08/2017 às 10:09

A saúde no HGE, a caça e o caçador

Todo político tem, pelo menos, um homem-bomba. Mesmo que o mandatário seja digno (coisa rara, na política), xeleléu, chumbeta e assessor ESPECIAL geralmente melam as mãos, os pés e lambuzam o sistema, complicando o futuro político do mandatário. É assim, aqui e em todo o país.

A segunda-feira amanheceu com o CSA classificado à próxima fase e o CRB curtindo a vitória por 2 a 1 contra o Santa Cruz, jogando no Recife. Ou seja: No futebol, tudo em paz.

Na seara política a reportagem do Fantástico – mais uma no HGE – voltou a mostrar um perigo iminente para o governo de Renan Filho.

Na política há histórias e estórias que, quando reveladas, acordam até paciente em coma profundo, na UTI.

Nesta segunda a turma do baixo clero contra o bloco do PMDB amanheceu com a corda toda. As redes sociais falam em estado de guerra na saúde. Do lado governista o silêncio, natural de quem levou um gancho de direita daqueles dados pelo fenomenal boxeador Floyd Mayweather.

Os investimentos na saúde, educação e nas obras estruturantes têm confirmado ao governador a aprovação que precisa para ter uma reeleição tranquila. Mas os efeitos de denúncias de esquema em licitação – uma praxe nacional – colocam o governo na mesma vala dos maus-feitores. Claro, é preciso esperarmos o fim das investigações.

O silêncio
Mais uma vez a imagem da ex-secretária Rosângela Wyszomirska ganhou o carimbo da malversação. As evidências são claras, segundo a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU). Ela jura inocência.

É possível que tenha havido esquema? Sim, é possível, mas não acredito que tenha o aval de Renan Filho.

É aí onde Rosângela Wyszomirska e Renan Filho ficam no paredão para o espancamento moral do público. Ela era a gestora, ele é o governador.

A sociedade espera de ambos o verdadeiro esclarecimento e a identidade dos culpados pela exposição de Alagoas na contramão do que vem sendo feito de positivo, inclusive com quebra de paradigmas, também na saúde pública.

Neste caso, contrariando o pensador Chinês Confúcio, o silêncio é o inimigo que trai e mata - PELAS COSTAS.