A política nacional, movimentada pelo método de pão & circo, alimentada pelo volume de bolsas agraciadas pelos governos federal, estaduais e municipais, precisa tomar um choque de realidade, mas essa possibilidade só é possível com a decisão na hora do voto.
Diz a Agência Brasil que “uma equipe da Advocacia-Geral da União (AGU) está em Maceió para discutir com representantes dos poderes estaduais e de instituições as medidas reparatórias à sociedade e ao meio ambiente por parte da empresa Braskem, em virtude do afundamento do solo pela exploração de sal-gema. Segundo a AGU, além das medidas já adotadas pelas instituições envolvidas, a União tomará as providências necessárias para reparação aos danos causados ao seu patrimônio e buscará ressarcimento dos valores já gastos em resposta à tragédia”. Está correto.
Mas e as milhares de famílias que seguidamente perdem parentes, residências e os utensílios de suas casas e comércios com as enchentes, devem procurar a quem para o devido ressarcimento? Está errado.
Na política de pão & circo, que movimenta bilhões a cada tragédia, a primeira bandeira de luta dos políticos é pedir dinheiro público que, caso morássemos num país sério, deveria estar sendo investido na saúde pública (por exemplo), que adoece com a falta de cuidado dos respectivos governos.
Ontem, representantes do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) e da Defensoria Pública da União (DPU) se reuniram para apresentar um detalhamento das cláusulas dos acordos que já foram celebrados com a Braskem desde 2019. Mais uma vez o foco é o dinheiro.
Se em 2022 e 2023 houve enchente em vários munícios alagoanos, quem garante que em 2024 não teremos mais vítimas, mais gente sem casa, mais pessoas mortas? Daí, fica a pergunta para os que se alimentam da política pão & circo: Qual tem sido o tipo de reparação para essa gente? Eu sei que a resposta é: uma casa nova, com dois quartos e nenhum utensílio. É crime.
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