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Até o próximo sábado os túneis submersos da política estarão congestionados pelos pré-candidatos a prefeito (a) e vereador (a). Até a última quarta-feira o departamento da trairagem havia contabilizado algo em torno de 198 traições “obscuras”. Esta palavra, abraçada pelas aspas, diz muito sobre como será o pleito de 6 de outubro.

As eleições municipais deste ano, em Alagoas, terão casos emblemáticos de sacanagem, como aconteceu com os vitoriosos Luciano Barbosa, em Arapiraca, e Marcelo Beltrão, em Coruripe. Os dois foram vítimas do sistema que opera pelos túneis submersos da política. Pela expertise que adquiriram e o recall que tinham dos eleitores, venceram.

O pleito de 2020 deixou lições claras, mas ainda há quem duvide ser pego na pegadinha da trairagem. É o típico caso dos fora da lei, que assistem os iguais caindo e não se ligam que o caminho deles é o mesmo. Pelo menos é assim que vemos, há décadas, nos filmes, novelas e séries. O fora da lei sempre termina preso, morto ou desaparecido. Neste caso, digamos que o desaparecido é o sem mandato. Só uma dica: o traidor geralmente só cai no último capítulo de sua jornada.

6 de abril será uma data emblemática. Aí, a relação de filiados só será publicada dez dias úteis depois. Ou seja: em alguns casos a traição só será revelada no final de abril. Na sequência virá a convenção partidária, até que as urnas revelem os vencedores (sobreviventes do sistema).

E tem mais: tem família que, para não trair, divide os parentes em partidos distintos. É a fidelidade desleal. Ser fiel é uma coisa e ser leal é outra. No fim não significa traição (kkk).

Assim...: nem todo vencedor deve ser rotulado como “mocinho”.