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Maceió/Al, 07 de setembro de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
13/06/2024 às 10:26

JHC tem grupos. No plural

Já falei, aqui, por vezes, que não duvido de vitoriosos. Tudo bem que alguns ficam narigudos e esquecem do tempo (passado e presente) para seguir em frente.

Não é com ele, mas quem lembra do solitário deputado estadual que chegou na Assembleia Legislativa em 2011, com 17 mil votos? Era só o filho de João Caldas, o nativo do povoado de Canastra, zona rural de Ibateguara que, de secretário estadual da Agricultura, no governo de Geraldo Bulhões, virou deputado estadual, com o Grito do Campo e depois federal, com o Grito de Alagoas. Sobre JHC, quando entrou na ALE foi motivo de chacota para os que desdenhavam dele, pelo posicionamento na Casa. Tornou-se o federal mais votado de Alagoas, em 2014, com 136 mil votos.

Com grandes sacadas, em Brasília conquistou espaços com prêmio de inovação no mandato parlamentar e até criando a frente parlamentar digital. JHC bateu na trave em 2016 para prefeito de Maceió. Só não foi ao 2º turno por um detalhe estratégico: disputava contra o então prefeito Rui Palmeira e o ex-super-prefeito Cícero Almeida.

Em 2018, outro recorde para JHC. O deputado federal mais bem votado do Brasil, com 184 mil votos, representando 12% dos válidos. A votação o fez chegar com tamanho gigante no Congresso. Daí virou 3º Secretário da Câmara que, para quem entende de Brasília, é muito, é bastante.

Com Lira presidente, Isnaldo Bulhões líder de grande bloco, Renan sempre nas cercanias do senado, JHC mostrou que sabe fazer.

Em 2020, o desafiador (e estrategista - não se engane) foi candidato numa coligação pequena, com curto tempo de tv e rádio. Mas promoveu a multiplicação de mídia com trios elétricos pela cidade, levando mensagens convincentes. Foi ao segundo turno embalado para vencer a eleição contra Alfredo Gaspar, que tinha Prefeitura e Governo do Estado como avalistas.

No começo da gestão JHC conheceu parte do ônus do Executivo e enfrentou dificuldade com a Câmara. O primeiro passo foi conquistar o grupo do Legislativo, fortalecendo Galba Netto, que de cara ganhou duas eleições de mesa para ficar os 4 anos na presidência.

O segundo passo foi fortalecer Rodrigo Cunha na eleição ao governo. Polarizou com os Calheiros, criando a antítese de sistema. Ou seja, JHC era líder do outro grupo.

Estreitar laços com Arthur Lira e ampliar o grupo foi uma cartada de quem sabe o que quer e para onde almeja chegar.

JHC tem majoritariamente 20 vereadores, dos 25, na sua base para a reeleição, um senador que pode ser vice-prefeito, dando a ele a vaga de senado para chamar de sua.

Pode anotar aí: JHC é um estrategista nato. É, para você entender melhor, um Arthur Lira que tem a senha da Caixa Econômica quando se trata de emendas parlamentares.

JHC tem 3 grupos, além do próprio. A jogada do tabuleiro está na mão dele. Quem quiser que duvide.

A nova geração política está aí. Com boi voando sem chamar a atenção e desafetos se abraçando em nome do é pra frente que se anda.

ANOTE!

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