Quinta-feira,
20 de junho de 2024, começa o inverno. Perspectiva de inferno para moradores,
comerciantes e familiares de quem mora em cidades ribeirinhas. E são muitas, em
várias regiões do Estado. O inverno, para muitos, por conta do excesso de água,
é pesadelo diário.
Por outro lado, a água, líquido precioso para a vida humana, também tem sido pesadelo para praticamente todos os gestores que participaram dos leilões da BRK, Verde Alagoas e Águas do Sertão. Não há dúvida que, com o tempo, saneamento básico e água potável nas torneiras não estarão mais na pauta de campanhas políticas, mas para 2024 o pesadelo já é real. Há bons gestores com água no pescoço, porque as três concessionárias não oferecem, minimamente, qualquer estrutura de suporte na comunicação harmônica com os municípios, para informar as ações de curto, médio e longo prazos. Com isso, está prevalecendo a “dor no bolso”, com contas exorbitantes e o serviço ainda muito aquém do esperado pela população.
Faço uma defesa aos gestores municipais. Se houve privatização dos serviços básicos (água e saneamento) é porque os caciques nunca se preocuparam com sua gente. Prefeito comanda o município, mas é a bancada federal quem pauta as ações para os estados. Neste quesito o governador tem importância determinante e Renan Filho escolheu a privatização como melhor caminho.
Para os prefeitos a privatização foi excelente, porque as concessionárias pagaram milhões para os municípios investirem no que entenderem melhor e a concessionária corrige a negligência de anos aos serviços essenciais e básicos para a qualidade digna da vida humana.
Acredite: os prefeitos (as), nos locais com carência de esgotamento, saneamento e água nas torneiras, também estão pagando uma conta muito alta. Já os gestores que venderam os serviços onde o sistema funcionava bem, esses, sim, devem pagar mais caro.
Assim, com muita chuva e preços exorbitantes, esta será a eleição das águas.
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