Não
é que a idade chegou para Renan. Esse não é o ponto G do roteiro para o
emblemático pleito de 2026. Mas quem pensaria que, com Lula no Governo, alguém
do PT – e ainda mais Paulão, que deve três eleições a Renan – tivesse a ousadia
(disparate) de confrontar o Calheirão?
A fase de Renan não é boa – e não é de agora. Ele continua águia, camaleão e leão, mas não conseguiu se posicionar na geração TikTok (o aplicativo que mais gera engajamento, nesses tempos de transformações alucinantes).
Ao entregar Renan, no caso Rui Palmeira, Paulão mediu suas possibilidades. Ao ser renegado como protagonista na CPizza da Braskem, proposta por ele, demostrou que não é mais o chefe do império político. Ao negar um pedido pessoal de Lula, o senador que mais presidiu o Congresso Nacional abriu a guarda para sua aposentadoria (política) compulsória.
Renan sabe que para 2026 o jogo é apenas um: a 2ª vaga do Senado, porque a 1ª é do Governo em todas as configurações. Por ouro lado, o senador oriundo de Murici observa que seu vilão preferido (Arthur Lira) só sinaliza a 2ª vaga no Senado.
Diferente do que os a serviço propagam, se Renan Filho decidir pela disputa ao governo não restará ao velho combatente, líder de tantas batalhas, articulador-general de todos os governos desde a redemocratização, que não seja uma saída de emergência pela tangente.
Renan é especial para a política de Alagoas e do Brasil. É um vencedor. Resta saber se está pronto (psicologicamente) para aceitar que sua nuvem está carregada e ameaça seu último tiro.
Por falar em nuvem, o inverno chegou e o pesadelo das enchentes já tira o sono de milhares de alagoanos (crime hediondo coletivo, digno de uma verdadeira CPI das enchentes). Alguém topa?
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