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Maceió/Al, 27 de dezembro de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
26/11/2016 às 20:38

Destituída, o que Kátia Born dirá a JHC no próximo encontro?

Kátia com JHC em Kátia com JHC em "Era uma vez..".

Opção 01 - “Você é um sacana”;
Opção 02 - “Você é traidor”;
Opção 03 - “Você não agiu correto comigo”.

Bem, assim como Neston – quem tem mais de 40 anos deve lembrar da frase: Há mil maneiras de se fazer Neston – há mil maneiras de entrarmos e sairmos da casa ou da vida de alguém. Na política, por mais complexa que sejam as relações, deve existir limite.

As três opções colocadas acima podem, de um jeito bem grosseiro, exemplificar o final da relação política ( e certamente pessoal) entre Kátia Born e JHC/João Caldas. O jovem deputado soube entrar pela porta da frente, mas sujou o pátio (para ser educado).

Kátia Born, ainda que esteja sem mandato, é a líder do PSB em Alagoas. Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças lhe mostraram apoio irrestrito contra a maneira como JHC conseguiu a liberação da cúpula do partido, em Brasília, numa jogada de mestre de João Caldas.

Só para que não fique dúvida em relação ao apreço que tenho por JHC, confirmo aqui que fui seu eleitor para Federal.

JHC, tenho citado aqui no blog, é um dos novos protagonistas da política alagoana. Em 2010 venceu para estadual na rabeta (suplente), com apenas 17.977 votos e soltou o verbo contra a Mesa Diretora da ALE, ganhando musculatura para ser o deputado federal mais votado nas eleições de 2014, com mais de 100 mil votos

Também tenho dito aqui que o problema de JHC é o DNA político do pai, João Caldas da Silva. O Velho JC, quem conhece sabe do que estou falando, sabe como poucos entrar em qualquer ambiente. Circula como pouquíssimos nos bastidores em Brasília, na casa de qualquer presidente da Câmara e do Senado, ao ponto de andar até no carro presidencial, desde Collor, FHC, Lula, Dilma e, agora, já circulou com Temer. Pai e filho sabem chegar, mas se continuar na sombra política do tutor, JHC vai melar a saída (para ser educado).

2018 será um ano decisivo para o jovem JHC. Se tentar a reeleição à Câmara é possível que tenha dificuldade para composição. Se arriscar o governo do Estado, como fez para a Prefeitura de Maceió, será um tiro no pé e o início do fim de uma carreira que nasceu de uma brincadeira de pai.

JHC, para finalizar, poderia ter sido presidente estadual do PSB. Não há problema nisso. Mas Kátia, ainda presidente estadual, que lhe recebeu de portas abertas e o deixou conduzir todo o processo eleitoral da última eleição, jamais poderia ter sido a última a saber de seu desejo.

Ainda que bastante educada, Kátia tem mil maneiras para se dirigir a JHC. Deixo aqui três opções para o próximo encontro.

Opção 01 - “Você é um sacana”;
Opção 02 - “Você é traidor”;
Opção 03 - “Você não agiu correto comigo”.

O pau que dá em Kátia, dá em João.

A roda-gigante da política não para. É o que penso.

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